Bitcoin e outras criptomoedas acumulam perdas na semana (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 18 de agosto de 2023 às 10h39.
Os investidores do mercado de criptomoedas perderam ao menos US$ 1 bilhão após uma série de liquidações no segmento na última quinta-feira, 17. O movimento foi liderado pelo bitcoin, maior ativo do setor, que opera abaixo dos US$ 27 mil e tem o menor preço em dois meses.
Dados da empresa Coinglass apontam que o mercado registrou um dos maiores movimentos de venda do ano. Por algumas horas, o bitcoin chegou a operar próximo dos US$ 25 mil. O ativo não registrava um preço abaixo de US$ 27 mil desde 20 de junho.
Com a performance ruim do ativo, todas as criptomoedas acabaram sendo puxadas para baixo. Com isso, investidores do mercado de preços futuros que estavam apostando em preços maiores acabaram tendo prejuízo e tendo as suas posições liquidadas, chegando no prejuízo de mais de US$ 1 bilhão.
Os investidores de futuros de bitcoin tiveram as maiores perdas, com prejuízo de US$ 472 milhões e a maior liquidação diária de posições desde junho de 2022. Em segundo lugar ficaram os investidores de preços futuros de ether, que registraram perdas de US$ 302 milhões.
Para Thiago Rigo, analista da Titanium Asset, a queda reflete principalmente a valorização nos títulos do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento de 10 anos. O mercado de renda variável tem sido prejudicado pela fuga de investidores em meio à aversão de risco, o que prejudica as criptomoedas.
"Entre os principais motivos para essa valorização, estão as expectativas de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, posicionamento mais agressivo em discursos de diretores do Fed, o tom mais duro da ata da última reunião e o fechamento de posições em certos investimentos na Ásia, principalmente na China", explica.
Já Fernando Pereira, gerente de conteúdo da BitGet, destaca que o bitcoin parece estar passando por um movimento de correção de preço depois do "forte rali no mercado de renda variável em 2023", simbolizado pelo fato de que, mesmo com a queda, o ativo ainda acumula uma valorização acima de 70% no ano.
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