Future of Money

Investidores de longo prazo vendem US$ 50 bilhões em bitcoin e derrubam criptomoeda

Movimento após última disparada da criptomoeda gerou pressão de venda que contribuiu para queda do bitcoin antes de chegar aos US$ 100 mil

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 26 de novembro de 2024 às 12h00.

Tudo sobreBitcoin
Saiba mais

A forte disparada do bitcoin nas últimas semanas fez a criptomoeda chegar perto da casa dos US$ 100 mil na última sexta-feira, 22, mas desde então o ativo entrou em um movimento de queda, se distanciado da barreira técnica e psicológica. E um grupo específico de investidores pode estar por trás desse movimento.

A empresa de análise de mercado Glassnode divulgou dados na última segunda-feira, 25, em que aponta que boa parte da pressão de venda que atingiu o ativo nos últimos dias está ligado a uma onda de realização de lucros de investidores de longo prazo, ou seja, que acumulavam a criptomoeda no mínimo há alguns meses.

Os dados da empresa indicam que o grupo de investidores de longo prazo gerou uma pressão de venda de mais de 360 mil unidades de bitcoin em novembro. O valor leva em conta a diferença entre compras e vendas do ativo. Considerando apenas as vendas, foram despejadas 550 mil unidades da criptomoeda.

A cifra equivale a mais de US$ 50 bilhões considerando a cotação atual da criptomoeda na casa dos US$ 92 mil, e portanto era ainda maior quando o ativo superou os US$ 99 mil. Apenas na última quinta-feira, 21, investidores realizaram US$ 10 bilhões em lucros, o maior volume diário registrado na história do ativo.

A Glassnode informou ainda que a pressão de venda registrada nos últimos dias de novembro já é a maior desde abril de 2024. O mês também foi marcado por uma queda do bitcoin após o ativo bater um recorde de preço, na casa dos US$ 73 mil. A disparada em novembro, porém, foi maior.

Os dados indicam ainda que as vendas se concentraram no grupo de investidores que "segurou" seus investimentos em bitcoin por um período de seis a 12 meses. Em média, eles venderam 25 mil unidades da criptomoeda por dia, sendo que adquiriram o ativo por um preço médio de US$ 56 mil, resultando em uma lucratividade elevada.

A realização de lucros é um movimento natural no mercado após grandes valorizações de um ativo. Apenas em novembro, o bitcoin saltou dos US$ 70 mil para a casa dos US$ 90 mil. No ano, o ativo acumula alta de 108% mesmo após a queda dos últimos dias.

O principal motivo para a queda recente foi que a pressão de venda desse grupo de investidores não foi superada pelo movimento de compra. Com isso, a oferta do ativo foi maior que a demanda, resultando na desvalorização. Especialistas, porém, afirmam que a tendência da criptomoeda ainda é de alta nos próximos meses.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasCriptoativos

Mais de Future of Money

Bitcoin cai para US$ 93 mil e preocupa investidores: “É fundamental entender seu objetivo”

Donald Trump tem R$ 31 milhões em criptomoedas; veja os ativos do próximo presidente dos EUA

União entre criptomoedas e crédito é "evolução natural", diz presidente da Acrefi

Allianz realiza investimento de R$ 4 bilhões na MicroStrategy e ganha exposição ao bitcoin