Cathie Wood, CEO da ARK Investment Management (Alex Flynn/Bloomberg/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 26 de maio de 2023 às 11h56.
Os Estados Unidos podem estar perdendo a “onda” do bitcoin com uma regulação à mão de ferro, segundo uma investidora famosa por acertar alta da Tesla e conhecida como a “queridinha de Wall Street”.
Atualmente a maior economia do país, os EUA também possuem uma grande parcela do mercado de criptomoedas e suas empresas, como Coinbase. No entanto, este cenário pode mudar graças à abordagem do governo com o setor.
“Seria bom se os EUA liderassem esse movimento, mas estamos perdendo por causa de nosso sistema regulatório”, disse Wood na semana passada na Fortune Most Powerful Next Gen Conference.
Em disputas judiciais nos Estados Unidos, empresas como Ripple e Coinbase já expressaram o seu descontentamento com a abordagem regulatória do país. A Comissão de Valores Mobiliários (SEC) acredita que a maioria das criptomoedas são valores mobiliários e devem ser reguladas como tal. Por isso, inclusive, que a Ripple enfrenta um processo judicial há anos no país por conta de seu token XRP.
Executivos de grandes empresas cripto nos Estados Unidos também já expressaram a intenção de mudar suas empresas de país caso a situação nos Estados Unidos continue dessa forma. Isso pode favorecer outros países emergentes no setor, incluindo o Brasil. “O Brasil está à frente”, disse Brad Garlinghouse, CEO da Ripple, em entrevista à EXAME no último ano.
Cathie Wood, da Ark Invest, é bastante otimista sobre o bitcoin e, por isso, acredita que os EUA estariam perdendo uma grande oportunidade de se consolidar como líderes no setor. Para ela, o colapso de grandes bancos e corretoras cripto como FTX, Silicon Valley e Signature só validaram ainda mais a tese do bitcoin.
"A razão pela qual [o bitcoin] foi adotado é, antes de tudo, que muitas pessoas gostam da ideia de um sistema monetário descentralizado, transparente e auditável. Nasceu da crise de 2008/2009, quando as pessoas perderam toda a confiança nos serviços financeiros", disse ela ao CoinDesk.
"E, muito interessante, foram necessárias outras duas crises no ano passado para provar o conceito. O FTX falhou porque era centralizado, opaco e não auditável”, acrescentou.
Famosa por acertar a alta de outros ativos como as ações da Tesla, Wood agora acredita que o bitcoin pode subir para até US$ 1,5 milhão nos próximos sete anos.
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