Grandes investidores aproveitam eficiência e baixo custo das operações na rede Bitcoin (Liliya Filakhtova/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 30 de maio de 2022 às 12h13.
Última atualização em 30 de maio de 2022 às 12h41.
Uma transferência multimilionária de bitcoin realizada no domingo, 29, mostra quanto o maior blockchain do mundo pode ser eficiente para grandes transações financeiras: ao enviar 11.492,5 unidades da criptomoeda, avaliadas a pouco mais de US$ 333 milhões (R$ 1,57 bilhão) o custo da operação foi de 0,000004 bitcoin, o equivalente a 12 centavos de dólar.
O custo da transação é um dos principais argumentos para os que defendem o uso da rede Bitcoin em grandes operações financeiras e remessas internacionais de grande valor. No caso, foi de 0,0000000348% do total enviado, muito abaixo do que custaria em sistemas bancários tradicionais.
Além disso, a operação, feita entre duas carteiras cujos proprietários são desconhecidos e divulgada pelo WhaleAlert (abaixo), também é muito mais rápida, completada em cerca de 15 minutos. Uma transferência internacional do mesmo valor, pelo sistema financeiro convencional, levaria vários dias.
🚨 🚨 🚨 🚨 🚨 🚨 🚨 🚨 🚨 🚨 11,258 #BTC (329,220,439 USD) transferred from unknown wallet to unknown wallethttps://t.co/am0viK88lj
— Whale Alert (@whale_alert) May 29, 2022
Apesar da eficiência, baixo custo e transparência, as transações com criptomoedas ainda esbarram na volatilidade dos ativos. No caso do bitcoin, por exemplo, a transação de 11.492 unidades do ativo no domingo era equivalente a cerca de US$ 332 milhões. Com a alta no preço da criptomoeda nesta segunda-feira, o montante passou a valer mais de US$ 350 milhões (R$ 1,65 bilhão).
É por causa desses motivos, principalmente, que grandes instituições financeiras já começam a utilizar a tecnologia blockchain para grandes movimentações financeiras, em especial para operações internacionais — mas em geral com o uso de stablecoins, cujo valor é estável, atrelado a algum ativo como dólar, euro ou ouro, cuja volatilidade é muito menor. JPMorgan, Morgan Stanley, Citigroup e HSBC são alguns dos grandes bancos que já estão testando transações e remessas com a tecnologia.
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