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Bitcoin: venda de ativos por empresa contribuiu para queda (Reprodução/Reprodução)
Editor do Future of Money
Publicado em 25 de julho de 2025 às 11h05.
Um investidor anônimo fez o bitcoin cair mais de 3% entre a noite da última quinta-feira, 24, e a manhã desta sexta-feira, 25, após vender parte da fortuna que ele acumulou da criptomoeda há 14 anos. O mais novo bilionário resolveu vender o equivalente a US$ 3,5 bilhões (R$ 19,49 bilhões, na cotação atual) em unidades do ativo.
A movimentação foi identificada pela empresa de monitoramento de blockchains Arkham Intel. A figura misteriosa deixou as 80 mil unidades da criptomoeda que ele obteve em 2011 paradas até o início de julho de 2025. Anos depois, ele transferiu os ativos pela primeira vez e envio parte do montante para a empresa Galaxy Digital.
Ao todo, as unidades de bitcoin somam cerca de US$ 9,6 bilhões, e o investidor decidiu embolsar ao menos parte desse lucro após a criptomoeda atingir um novo preço recorde neste mês. Com isso, 30 mil unidades do ativo foram despejadas no mercado e vendidas, gerando um aumento repentino na oferta da criptomoeda.
A expansão na oferta em meio a uma demanda estável acabou resultando na depreciação da criptomoeda. O ativo chegou a cair mais de 3% em poucas horas, saindo de um preço acima dos US$ 118 mil para uma cotação rondando os US$ 115 mil. Dados da plataforma CoinGecko indicam que ele devolveu parte da queda, mas segue abaixo dos US$ 116 mil.
As vendas já eram esperadas pelo mercado desde que o investidor transferiu os ativos para a Galaxy Digital. A empresa oferece serviços de negociação que possibilitam comprar e vender criptomoedas com mais privacidade. As unidades de bitcoin foram enviadas para diversas corretoras, incluindo a Binance e a OKX.
Dados da Arkham indicam que a Galaxy Digital ainda soma cerca de 18 mil unidades da criptomoeda, avaliadas em mais de US$ 2 bilhões, que podem ser vendidas. Investigações anteriores sugerem que o investidor já havia realizado outras vendas nos últimos dias. Ao todo, 60 mil unidades já foram enviadas para corretoras e vendidas.
A tecnologia blockchain permite identificar as transferências, os endereços de origem e destino e as quantias movimentadas. Em geral, envios para carteiras em corretoras antecedem a venda dos ativos, o que pode ser confirmado pelo comportamento do preço do ativo e os fluxos nas exchanges. Entretanto, as informações, sozinhas, não permitem identificar o dono dos ativos.
O que se sabe é que o mercado de criptomoedas ganhou um novo bilionário em julho. Apesar de resultar em quedas pontuais mais expressivas de preço, o movimento não altera as condições mais estruturais que têm levado à disparada do bitcoin nas últimas semanas, com analistas mantendo projeções otimistas para o ativo.
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