Repórter do Future of Money
Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 17h54.
Um investidor chamou a atenção do mercado nesta semana ao movimentar pela primeira vez em 15 anos um total de 50 unidades de bitcoin que ele obteve em 2009. À época, cada unidade valia cerca de US$ 0,10, mas hoje o preço por unidade da criptomoeda ultrapassa os US$ 100 mil, resultando em um lucro expressivo.
A movimentação foi identificada por Pete Rizzo, considerado um especialista na história da criptomoeda. Ainda não está claro, porém, quem é o dono dos ativos e qual foi a intenção por trás da movimentação após as unidades passarem tantos anos paradas.
Na época, o investidor somava US$ 5 com todas as unidades de bitcoin. Hoje, elas valem mais de US$ 5 milhões. A movimentação e o lucro potencial do dono dos ativos acabaram gerando discussões nas redes sociais sobre a possível identidade dele e seus objetivos.
Alguns especularam que o dono das criptomoedas pode ser Ross Ulbricht, criador do marketplace na dark web Silk Road. Ulbricht estava preso há anos nos Estados Unidos por causa do projeto, mas foi perdoado pelo presidente Donald Trump dias depois dele assumir o cargo.
Ulbricht é famoso por defender o bitcoin, adotando a criptomoeda como uma forma de pagamento no Silk Road. Por isso, especula-se que ele ainda teria unidades do ativo que estariam paradas há anos. A coincidência entre a data do perdão e a movimentação deu origem à teoria.
A tecnologia blockchain permite monitorar endereços de carteira e movimentações, identificando quantos ativos são enviados ou recebidos e qual o destino ou origem em caso de transferências. Entretanto, ele não permite identificar o dono do endereço de carteira.
O que se sabe até o momento é que as unidades de bitcoin foram obtidas a partir do processo de mineração do ativo, em que as criptomoedas são dadas como recompensa para os mineradores. A mineração dessas unidades teria ocorrido no ano de 2009, nos primórdios do projeto.
Outro fato que chamou a atenção de investidores é que o dono das criptomoedas não fez nenhuma movimentação de teste para garantir que enviaria os ativos para o endereço correto de carteira digital, uma prática comum no mercado para evitar enganos e perdas. A expectativa, agora, é para saber se o dono dos ativos irá vendê-los para realizar lucros.