Bitcoin voltou a cair com incertezas no mercado (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 11 de julho de 2024 às 10h32.
Uma carteira digital de criptomoedas registrou na última terça-feira, 9, uma movimentação de ativos pela primeira vez em mais de 10 anos. Além do longo período "adormecida", a carteira também chamou a atenção do mercado pelo valor milionário de bitcoins que detinha.
A movimentação foi identificada pelo site Whale Alert, que monitora carteiras digitais com volumes significativos de criptomoedas, com potencial para influenciar nos preços de ativos em casos de movimentações. Neste caso, a carteira estava inativa há 10 anos e seis meses.
Segundo o site, a transferência foi de US$ 8,5 milhões em bitcoins, equivalente a mais de R$ 40 milhões, na cotação atual. A quantia total é de 149 unidades do ativo. Além disso, o dono da carteira precisou pagar uma taxa de US$ 3,3 para poder realizar a movimentação.
A tecnologia blockchain permite que as transações entre carteiras nas redes sejam transparentes em relação aos valores e endereços de destino e origem, facilitando o monitoramento de carteiras como a que estava dormente há 10 anos.
Por outro lado, a tecnologia também possui um caráter de anonimato, sem uma identificação sobre o dono dessa carteira, que por enquanto segue desconhecido. Nesses casos, a identificação ocorre apenas caso o próprio dono se identifique ou se um trabalho investigativo descubra a identidade.
Além disso, não há uma garantia que o investidor realizou a movimentação após tantos anos para realizar lucros e vender as unidades de bitcoin. Em alguns casos, os investidores conseguem recuperar o acesso à carteira e apenas transferem a quantia para outro endereço, mantendo o armazenamento com foco em longo prazo.
O movimento ocorre em meio a uma forte pressão de venda na criptomoeda, contribuindo para uma significativa desvalorização nos últimos dias.
Alguns investidores chegaram a especular de que a carteira poderia ser da corretora falida Mt. Gox, que começou a ressarcir seus clientes após 10 anos de espera, mas os endereços usados pela exchange são monitorados por especialistas há anos, e a carteira que "despertou" não está na lista.