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Investidor com lucro de R$ 300 milhões movimenta bitcoins pela 1ª vez desde 2012

Plataformas de monitoramento de blockchain detectaram movimentação, gerando especulações sobre o motivo

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 29 de outubro de 2024 às 14h03.

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Um investidor que havia acumulado 749 unidades de bitcoin em 2012 decidiu nesta terça-feira, 29, movimentar as unidades da criptomoeda pela primeira vez em quase 12 anos. Com isso, ele agora se deparou com um lucro de mais de US$ 53,2 milhões (R$ 303 milhões, na cotação atual) devido à valorização do ativo nesse período.

A movimentação foi identificada pela plataforma de monitoramento de blockchain Mempool. As unidades estavam armazenadas em uma carteira digital que não registrava nenhum tipo de movimentação desde 10 de novembro de 2012, quando o investidor realizou a última transferência.

À época, as quase 750 unidades de bitcoin valiam, juntas, cerca de US$ 8 mil. Mas, desde então, a criptomoeda teve uma forte valorização, chegando ao novo valor total milionário que o investidor possui. O alto lucro potencial chamou a atenção do mercado, que espera os próximos passos do investidor.

Apesar da tecnologia blockchain permitir o monitoramento de carteiras, ajudando a rastrear a origem e o destino das unidades e o valor transferido, além do histórico de operações, ela não oferece, sozinha, os dados necessários para a identificação do dono da carteira.

Entretanto, análises realizadas pela empresa Blockchair indicam que, até o momento, uma parte dos bitcoins transferidos foi apenas enviada para outra carteira digital que também pertence ao investidor, sugerindo que ele apenas realizou uma mudança do endereço de armazenamento.

Tradicionalmente, as vendas de criptomoedas exigem que o investidor realize uma transferência dos ativos para uma carteira digital que pertença a uma corretora. Até o momento, nenhuma unidade transferida foi enviada para endereços de carteiras de corretoras, que também são monitorados.

A dificuldade em identificar o dono dos ativos também impede a descoberta do motivo exato para a movimentação depois de mais de uma década. Geralmente, esses casos ocorrem quando o investidor perdeu o acesso à carteira e conseguiu recuperá-lo apenas anos depois.

Há, ainda, a possibilidade do investidor apenas ter decidido trocar as carteiras digitais que usa e, então, enviar as unidades de bitcoin para outra carteira digital com acesso e gerenciamento mais facilitado, mas sem a intenção de vender as unidades, ainda projetando valorizações no longo prazo.

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