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Interpol vai estudar formas de investigar crimes cometidos no metaverso

Secretário-geral da organização afirmou que criminosos já estão atacando usuários em realidades virtuais

Interpol já lançou um escritório no metaverso como primeiro passo para investigar crimes (Tolgart/Getty Images)

Interpol já lançou um escritório no metaverso como primeiro passo para investigar crimes (Tolgart/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

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Publicado em 6 de fevereiro de 2023 às 17h22.

A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) anunciou está estudando como poderá policiar crimes cometidos no metaverso. No entanto, um alto executivo da organização acredita que ainda há muito a ser feito e alguns problemas para se enfrentar, incluindo a própria definição do que seria um crime nesse ambiente virtual.

De acordo com a BBC, o secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock, revelou a intenção da agência de supervisionar atividades criminosas no metaverso. Stock destacou a capacidade de criminosos “sofisticados e profissionais” se adaptarem às novas ferramentas tecnológicas para cometer crimes.

A indicação da intenção da organização de passar a atuar nesse ambiente ocorre quase quatro meses depois que a Interpol lançou seu próprio metaverso em outubro de 2022, na 90ª Assembleia Geral da Interpol em Nova Delhi, Índia.

Durante o lançamento, ela destacou que "à medida que o número de usuários do metaverso cresce e a tecnologia se desenvolve, a lista de possíveis crimes só se expandirá para potencialmente incluir crimes contra crianças, roubo de dados, lavagem de dinheiro, fraude financeira, falsificação, ransomware, phishing e agressão e assédio sexual".

De acordo com Stock, os criminosos começaram a mirar usuários em plataformas semelhantes ao metaverso, acrescentando que “precisamos responder suficientemente a isso”. No entanto, a organização enfrenta problemas para definir o que configura um crime nesse ambiente.

Madan Oberoi, diretor executivo de tecnologia e inovação da Interpol, afirmou que "há casos em que não sei se o que ocorreu ainda pode ser chamado de crime ou não. Se você olhar as definições desses crimes no espaço físico e tentar aplicá-las no metaverso, há uma dificuldade".

Além disso, ele revelou que a Interpol também tem o desafio de aumentar a conscientização sobre possíveis crimes em ambientes virtuais. Paralelamente ao lançamento no metaverso em outubro de 2022, a organização criou uma unidade dedicada ao combate de criptocrimes.

As iniciativas seguiram um “alerta vermelho” que surgiu na Interpol para a aplicação da lei global neste setor em setembro, após a determinação da prisão do co-fundador da Terraform Labs, Do Kwon, que segue foragido após a quebra do blockchain Terra afetar milhares de usuários de criptomoedas em todo o mundo.

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