ncept, Digital design for Business finance investment and technology advertising, Quantum Computer concept (Getty Images/Reprodução)
O termo Internet das Coisas, da sigla em inglês IoT, pode despertar bastante curiosidade e soar complicado, mas na verdade representa uma tecnologia que já é utilizada por milhões de pessoas em todo o mundo em busca de mais praticidade e conectividade no dia a dia.
Conectados aos mais variados objetos, sensores e outros softwares ajudam a levar dados sobre o que acontece no mundo real para a internet. Desde objetos domésticos a ferramentas industriais, todos podem se beneficiar da tecnologia.
“Por exemplo, a sua geladeira já sabe o mapeamento de produtos e que você compra leite sazonalmente. Ela nota que o seu estoque de leite está baixo dentro da geladeira e já emite um comunicado pro supermercado encomendando o leite que depois você pode buscar ou receber em casa”, explicou Daniel Carius, CVO da Ribus e especialista em soluções de criptoativos e blockchain.
O especialista também mencionou a Alexa, dispositivo famoso da Amazon para conectar objetos e transformar lares em “casas inteligentes”, capaz de tocar músicas, acender luzes e ligar dispositivos como TV e ventilador através de comandos de voz.
Além de processos mais básicos da rotina, a Internet das Coisas pode influenciar no dia a dia se fábricas, transportadoras, hospitais, em logística, varejo, no setor público e segurança, por exemplo.
Tudo isso foi possibilitado através do desenvolvimento de outras tecnologias, como os sensores, nuvem, machine learning e inteligência artificial, que ajudam a Internet das Coisas a captar, armazenar e entender comandos e dados.
“Eu acredito que o impacto que vai gerar no cotidiano das pessoas é realmente um facilitador, porque as coisas já vão ter ali um armazenamento das informações do usuário e já vão poder de forma automatizada sugerir coisas”, acrescentou Daniel Carius, em entrevista à EXAME.
Atualmente já existem projetos em blockchain focados em Internet das Coisas, pontuou Daniel Carius. Criada em 2015, a Iota é um dos principais projetos do gênero, que funciona em uma rede que ficou conhecida como o “blockchain da próxima geração”.
Seu foco é se tornar uma rede para a execução de transações entre dispositivos IoT, permitindo relações entre humanos e máquinas de modo a criar uma economia de dispositivos no futuro. Tais transações, é claro, seriam feitas na criptomoeda nativa da rede, a MIOTA. Mas o principal diferencial da Iota é a sua rede.
Chamada de Tangle, a rede não é exatamente um blockchain, pois não utiliza o sistema de blocos. Na verdade, ela é uma tecnologia proprietária dos criadores da Iota e é formada por um sistema de nós que verificam as suas transações sem a necessidade de taxas e quanto mais transações, mais rápida a rede fica, segundo seus desenvolvedores.
É a partir da Tangle que a Iota pretende possibilitar serviços que a tecnologia da Internet das Coisas demanda, como micro e nanotransações, comunicação e transferência de dados criptografados entre dispositivos, entre outros. Além disso, a transmissão de dados é decidida por meio de votações entre os usuários.
Seus casos de uso podem ir desde identidades digitais até o desenvolvimento de cidades inteligentes, segundo os desenvolvedores do projeto, que já estão distribuídos em mais de 25 países.
Recentemente, a Fundação Iota, instituição sem fins lucrativos por trás do projeto, anunciou parcerias de peso com a montadora Volkswagen e o governo da cidade de Taipei, capital de Taiwan.
Além da Iota e sua inovadora rede Tangle, outras redes apostam no futuro da Internet das Coisas e sua integração com a tecnologia blockchain e as criptomoedas, como VeChain, Helium, Iost, Iotex e Fetch.ai.
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