Future of Money

Inteligência artificial traz 'oportunidade ímpar para se destacar', diz especialista

Relatório da consultoria McKinsey mostra que a adoção de IAs generativas vai mudar trabalho, mas muitas vagas não serão extintas

Inteligências artificiais generativas ficaram populares graças ao ChatGPT (Reprodução/Reprodução)

Inteligências artificiais generativas ficaram populares graças ao ChatGPT (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 28 de julho de 2023 às 18h20.

Última atualização em 28 de julho de 2023 às 19h50.

Um estudo divulgado pela consultoria McKinsey nesta semana aponta que a inteligência artificial generativa vai ser responsável até 2030 pela automatização de atividades de trabalho que correspondem por até 30% das horas atualmente trabalhadas nos Estados Unidos. Entretanto, isso não implica necessariamente o fim de empregos.

O relatório da empresa aponta que áreas como apoio de escritórios, serviços a clientes e serviços gastronômicos deverão ser as principais impactadas pela tecnologia, com redução nas vagas disponíveis para a população. Já em outros segmentos, o cenário deverá ser diferente.

É o caso de empregos da indústria criativa, na área do direito, negócios e nas chamadas profissões STEM, sigla que se refere a "ciência, tecnologia, engenharia e matemática". Nesses casos, a inteligência artificial generativa deverá "melhorar a forma como esses profissionais trabalham ao invés de eliminar um número significativo de empregos".

Nesse sentido, a McKinsey espera que ocorra uma transição ocupacional até 2030: "À medida que as pessoas deixam ocupações em declínio, a economia pode se reequilibrar em direção a empregos com salários mais altos. Os trabalhadores em empregos com salários mais baixos têm até 14 vezes mais chances de precisar mudar de ocupação do que aqueles em cargos com salários mais altos".

Além disso, o relatório acredita que "a maioria [dos trabalhadores com salários menores] precisará de habilidades adicionais para fazer a transição de área com sucesso". E isso deverá envolver a obtenção de conhecimentos ligados à inteligência artificial.

Como se preparar para a inteligência artificial?

Gustavo Mee, especialista em IAs, aponta que "a inteligência artificial generativa terá um impacto significativo nos empregos com salários mais altos, provocando mudanças substanciais em suas atividades diárias, mas não resultando em sua eliminação". E ele vê esse quadro como uma "oportunidade ímpar para se destacar e explorar as diversas possibilidades que surgirão".

"Para enfrentar as mudanças trazidas pela inteligência artificial generativa, é crucial que as pessoas se concentrem no que podem controlar. Ao invés de entrarem em pânico com a possibilidade de perderem seus empregos para máquinas, devem investir em aprender como trabalhar em conjunto com a tecnologia, tratando-a como um recurso valioso, e não como uma ameaça", ressalta.

"Nesse sentido, é fundamental investir em capacitação e aprimoramento das habilidades, pois isso se tornará essencial para se adaptar às radicais transformações do mercado de trabalho", recomenda o especialista.

Ele comenta ainda que "já podemos explorar dezenas de ferramentas como o ChatGPT, que aumentam de forma significativa nossa produtividade. Estamos vivendo uma revolução tão significativa quanto foi a da internet, e é hora de agir, aprender e se adaptar para aproveitar as oportunidades que essa revolução tecnológica oferece".

yt thumbnail

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:Inteligência artificialfuturo-do-trabalho

Mais de Future of Money

Autor de Pai Rico, Pai Pobre diz que preço do bitcoin vai “explodir”; entenda o porquê

Além de celulares e joias, criminosos miram criptomoedas em assaltos no Rio de Janeiro

"Acredito firmemente que blockchain é o futuro do mercado financeiro", diz CEO da Binance

McLaren e OKX revelam novo design de carro inspirado em Ayrton Senna