Inteligência artificial tem ganhado espaço nas empresas (Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 18h36.
Última atualização em 16 de janeiro de 2024 às 18h59.
O avanço da inteligência artificial nas empresas, em especial as ferramentas de IA generativa, deverá resultar em uma mudança nos planos de carreira dos profissionais nos próximos anos, com algumas áreas sendo beneficiados pela nova dinâmica. É o que aponta um estudo realizado pela empresa Thomson Reuters.
O levantamento envolveu mais de 1,2 mil profissionais entrevistados e que atuam nas áreas jurídica, tributária, contábil e de risco de corporações e órgãos governamentais nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e América Latina. As entrevistas foram realizadas entre os meses de maio e junho de 2023.
Dentre os entrevistados, 66% acreditam que a expansão da inteligência artificial deverá criar novos planos e oportunidades de carreira nos próximos cinco anos. Ao mesmo tempo, 67% consideram que "produzir conselhos de alta qualidade" será uma das áreas de atuação mais importantes para os profissionais nos próximos anos.
Segundo a Thomson Reuters, essa perspectiva indica que profissionais com perfil consultivo tendem a ser os mais beneficiados e valorizados por empresas. Já sobre as preocupações com a adoção de IA, 25% destacaram possíveis imprecisões nas ferramentas, 19% citaram o medo de perder seus empregos, 17% se preocupam com a extinção da profissão e 15% apontaram preocupações éticas e com segurança de dados.
Nesse sentido, a empresa avalia que "criar uma inteligência artificial que resolva os maiores pontos de dor dos clientes de forma transparente e responsável, fornecendo resultados confiáveis, ajudará a inspirar confiança e aliviar medos" dos executivos e funcionários.
Apesar das preocupações, 45% dos entrevistados estão otimistas em relação à nova tecnologia, projetando que ela será capaz de melhorar a produtividade, trazer mais eficiência interna e gerar novos serviços para os clientes. A Thomson Reuters defende que "os profissionais precisam reconsiderar e redefinir o que significa ser um consultor e evoluir os modelos de negócio para preparar e atender os clientes para o amanhã – não apenas o hoje".
No segmento do direito, 55% dos entrevistados esperam que a adoção de IA reduza os custos das empresas e aumentem a lucratividade nas operações. Ao mesmo tempo, 81% avaliam que a tecnologia deverá resultar na demanda por novos serviços nos próximos cinco anos, servindo como uma nova fonte de receita.
Já nas áreas tributária e contábil, 66% dos entrevistados esperam que o uso de inteligência artificial aumente a oferta de funções que não exijam qualificações fiscais tradicionais. Ao mesmo tempo, profissionais do governo deram uma prioridade maior na entrevista ao potencial das ferramentas de IA de suprir determinadas faltas de qualificação.
"No geral, os profissionais do governo tendem a pensar que a adoção de inteligência artificial será mais lenta do que nas corporações, devido aos temores de segurança de dados e à resistência geral à mudança e, portanto, terá menos impacto", pontua o relatório da Thomson Reuters.
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