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Bitcoin: ilha na Espanha lucrou milhões com o ativo (Reprodução/Reprodução)
Editor do Future of Money
Publicado em 14 de novembro de 2025 às 17h37.
Em 2012, a ilha espanhola de Tenerife decidiu realizar um "experimento": a compra de 97 unidades de bitcoin por 10 mil euros. Agora, 13 anos depois, o governo local decidiu que está na hora de encerrar o teste. E embolsar um lucro de mais de US$ 9,8 milhões (R$ 51 milhões, na cotação atual) com as criptomoedas.
À época, a aquisição envolveu um interesse do governo local da ilha com menos de 1 milhão de habitantes em testar a tecnologia blockchain, base de todas as criptomoedas. A compra foi realizada pelo Instituto Tecnológico e de Energia Renovável (ITER) da ilha, responsável por testar diferentes tipos de tecnologias emergentes.
Desde a compra, o bitcoin registrou uma valorização expressiva. O preço da criptomoeda disparou e cresceu mais de 1.000 vezes em relação ao valor pago pelo governo de Tenerife na época. Os ativos ficaram mais de 13 anos parados, apenas aumentando de valor.
Entretanto, o governo decidiu que está na hora de se desfazer das criptomoedas e embolsar os lucros obtidos. Em entrevista ao jornal local El Dia, o ministro de Inovação de Tenerife, Juan José Martínez, disse que os recursos obtidos com a venda serão destinados a novos "experimentos".
Segundo o ministro, a compra "foi uma das muitas investigações conduzidas pelo ITER para entender os diferentes sistemas tecnológicos e realizar experimentos com eles". Ele destacou que o governo da ilha chegou a autorizar anteriormente a venda das criptomoedas.
As tentativas, porém, acabaram fracassando devido a "complicações" em torno das vendas. Agora, Martínez afirma que Tenerife contará com uma parceria com uma empresa regulada pelas autoridades espanholas para realizar a venda das unidades de bitcoin "nos próximos meses".
Apesar do lucro expressivo para a ilha de Tenerife, o montante que será vendido não deve ser grande o suficiente para gerar impactos mais significativos no preço do bitcoin.
O ministro não especificou quais experimentos atuais do ITER serão financiados com a venda das criptomoedas, mas a organização está desenvolvendo testes no momento nas áreas de genética, energias renováveis e também com a chamada tecnologia quântica.
A venda também ocorre em meio a um avanço na adoção do bitcoin e outras criptos no mercado espanhol. Em março, o BBVA, segundo maior banco da Espanha, anunciou que vai permitir a compra e venda de bitcoin e Ethereum pelos seus clientes.
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