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Halving não impulsionou máximas sozinho no passado, alega Goldman Sachs

Especialistas do gigante bancário alegam que máximas do bitcoin pós-halvings anteriores não foram causadas apenas pelo evento e fazem alerta a investidores

Goldman Sachs (GSGI34), um dos grandes bancos dos EUA (Divulgação/Divulgação)

Goldman Sachs (GSGI34), um dos grandes bancos dos EUA (Divulgação/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 19 de abril de 2024 às 16h46.

Última atualização em 19 de abril de 2024 às 16h59.

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O halving do bitcoin está previsto para acontecer às 22h30 desta sexta-feira, 19, deixando investidores e especialistas muito empolgados com o impacto que o “evento do ano” pode ter no preço da criptomoeda. Anteriormente, o bitcoin atingiu máximas históricas após outras edições do halving. No entanto, especialistas do Goldman Sachs fizeram um alerta em um relatório recente sobre o assunto.

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De acordo com o gigante bancário, as máximas históricas do bitcoin após halvings anteriores não ocorreram apenas por conta do evento. O halving faz parte da escassez programada do bitcoin e corta a emissão da criptomoeda pela metade uma vez a cada quatro anos. Confira as altas anteriores do bitcoin após halvings:

  • Primeiro halving (2008): o preço do bitcoin era de US$ 13 na data do halving. No ano seguinte, o ativo subiu para US$ 1.152;
  • Segundo halving (2016): o preço do bitcoin era US$ 664 e subiu para US$ 17.760;
  • Terceiro halving (2020): o preço do bitcoin era US$ 9.734 e subiu para US$ 67.549.

De acordo com o relatório do Goldman Sachs divulgado esta semana, além do halving, fatores macroeconômicos também podem ter colaborado para as máximas do bitcoin em halvings anteriores. Um relatório recente da Mynt, plataforma de criptoativos do banco BTG Pactual, também apontou a mesma “coincidência”.

Os analistas do Goldman Sachs relembrou que enquanto os halvings anteriores aconteciam, o cenário macroeconômico era muito mais favorável, com inflação controlada. Por outro lado, o momento atual em 2024 ainda demonstra taxas de juros acima dos 5% nos Estados Unidos e um posicionamento ainda cauteloso do Federal Reserve em relação à futuros cortes.

Por isso, o Goldman Sachs alertou seus clientes para que não criem tantas expectativas de que o halving deste ano irá apresentar altas similares no preço do bitcoin:

"Historicamente, os três halvings anteriores foram acompanhados pela valorização do preço do bitcoin após o halving, embora o tempo necessário para atingir os máximos históricos seja significativamente diferente. Deve-se ter cuidado ao extrapolar os ciclos anteriores e o impacto do halving, dado o respectivas condições macro prevalecentes", disse a equipe de Renda Fixa, Moedas e Commodities (FICC) e Ações do Goldman em nota aos clientes.

De acordo com gigante bancário, o halving do bitcoin é um “lembrete psicológico aos investidores sobre a oferta limitada do bitcoin”, e a perspectiva de médio prazo depende da aceitação dos ETFs.

"Se o halving do bitcoin na próxima semana acabará sendo um evento de "compre o boato, venda as notícias" é indiscutivelmente menos impactante nas perspectivas de médio prazo do bitcoin, já que o desempenho do preço do bitcoin provavelmente continuará a ser impulsionado pela referida dinâmica de oferta e demanda e a demanda contínua por ETFs de bitcoin à vista, que combinada com a natureza auto-reflexiva dos mercados cripto é o principal determinante para a ação do preço à vista”, escreveu a equipe.

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