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Repórter do Future of Money
Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 09h11.
Em cerca de dois meses deverá ocorrer o halving do bitcoin, um dos eventos mais importantes do ano para o setor cripto. Marcado para acontecer uma vez a cada quatro anos, o halving é responsável por cortar a emissão do bitcoin pela metade e gerar uma escassez programada no ativo.
O halving do bitcoin é uma condição pré-estabelecida no código da rede para controlar a emissão de novas criptomoedas. Dessa forma, ele é um dos pilares da escassez programada do ativo, que é 100% digital.
Além disso, uma de suas principais funções é controlar a inflação do bitcoin, o diferenciando de moedas fiduciárias tradicionais como o dólar e o Real, que não possuem características similares ao halving.
A cada quatro anos, a recompensa dos mineradores de bitcoin é cortada pela metade no halving, até que eventualmente chegue a zero e a emissão de novas unidades da criptomoeda seja interrompida. Isso deve acontecer quando o número de bitcoins em circulação atingir o máximo estipulado de 21 milhões de unidades.
As criptomoedas que já estão em circulação também não são afetadas. Na data do halving, as negociações continuam sendo feitas normalmente.
Ao longo da história do bitcoin, já ocorreram três halvings:
1. O primeiro, em 28 de novembro de 2012, fez com que a produção de novas moedas saísse de 7.200 para 3.600 unidades por dia.
2. Na sequência, veio o segundo halving de 9 de julho de 2016, cortando a emissão para 1.800 unidades diárias.
3. O último halving aconteceu em 11 de maio de 2020. A emissão foi reduzida para 6,25 bitcoins por novo bloco minerado, o equivalente a 900 moedas por dia.
O bitcoin deve passar por 33 halvings até que todas as 21 milhões de unidades sejam mineradas, o que deve acontecer no ano de 2140.
Para além de uma característica do funcionamento da rede do Bitcoin, o halving também se tornou um evento famoso e muito aguardado por investidores após ter se caracterizado como um importante catalisador do preço da criptomoeda.
Historicamente, o bitcoin apresentou altas significativas nos períodos logo após o halving. Confira a performance do ativo nesses períodos, de acordo com dados da BitPay:
• Primeiro halving (2008): o preço do bitcoin era de US$ 13 na data do halving. No ano seguinte, o ativo subiu para US$ 1.152;
• Segundo halving (2016): o preço do bitcoin era US$ 664 e subiu para US$ 17.760;
• Terceiro halving (2020): o preço do bitcoin era US$ 9.734 e subiu para US$ 67.549.
Por este motivo, especialistas e investidores estão se preparando para o halving deste ano já há algum tempo. Robert Kiyosaki, autor do livro "Pai Rico, Pai Pobre" chamou a atenção para o evento recentemente.
Além do evento, especialistas apontam outros fatores que podem ajudar a impulsionar um novo mercado de alta, como a recente aprovação dos ETFs de bitcoin nos EUA e um cenário macroeconômico favorável a reduções na taxa de juros do país.
Apesar disso, o contrário também pode acontecer, já que o halving reduz a recompensa paga aos mineradores pela validação de blocos na rede do Bitcoin. Na tentativa de reduzir suas perdas, os mineradores podem optar pela realização de lucro, despejando uma quantia significativa de moedas no mercado, o que pode derrubar o preço.
Ainda assim, as expectativas são otimistas para o bitcoin em 2024. Especialistas do Standadard Chartered acreditam que a principal criptomoeda pode chegar a custar US$ 100 mil ainda este ano.
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