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Criptomoedas: golpistas invadiram contas de famosos para divulgar ativo (Tom Nicholson/Reuters)
Editor do Future of Money
Publicado em 25 de agosto de 2025 às 17h26.
Última atualização em 25 de agosto de 2025 às 18h00.
Um grupo de criminosos invadiu as contas no Instagram de diversos cantores, incluindo Adele, Tyla e o perfil póstumo de Michael Jackson, para divulgar um golpe envolvendo uma criptomoeda falsa. O ativo foi criado de uma marcada do rapper Future, que também foi alvo da invasão.
O ataque ocorreu na última quinta-feira, 21, e atingiu as contas dos quatro famosos ao mesmo tempo. Após a invasão, foi publicada uma imagem aparentemente gerada por inteligência artificial para divulgar o que seria um novo projeto no mercado de criptomoedas.
Batizado de FREEBANDZ, o ativo carregaria o mesmo nome da marca da gravadora e de uma linha de roupas do rapper Future. Em seguida, também foram feitas publicações divulgando uma série de criptomoedas meme criadas no blockchain Solana.
Investigações apontam que o ativo teria sido criado na plataforma Pump.fun. Ele chegou a disparar para uma capitalização de mercado próxima dos US$ 900 mil, um valor baixo para os padrões do mercado. Pouco depois, porém, o ativo despencou e perdeu 98% do valor.
O movimento é típico de um golpe no mercado de criptomoedas conhecido como "rug pull", ou puxada de tapete. Nele, um ativo é criado e divulgado no mercado para atrair investidores. Os criadores do ativo ficam com o controle de quase todas as unidades criadas, e então vendem esses ativos para embolsar lucros expressivos.
As investigações confirmaram que o criador do token vendeu 70% de todas as unidades criadas do ativo em uma única transação, o que fez o valor da criptomoeda despencar. O lucro teria sido de cerca de US$ 49 mil, considerando a cotação da Solana no momento da venda.
Após as invasões, as contas dos cantores foram recuperadas e as publicações foram deletadas. A prática de invadir contas de famosos nas redes sociais para divulgar criptomoedas falsas é antiga no mercado, mas segue atraindo vítimas que acabam acreditando na autenticidade dos conteúdos.
O cenário reforça os riscos elevados no investimento nas chamadas memecoins, que acabam tendo uma volatilidade excessiva e são usadas em golpes exatamente pela facilidade de criação e capacidade de se associar a temas ou figuras em alta na internet.
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