Ether, a criptomoeda nativa da rede Ethereum (Thomas Trutschel / Colaborador/Getty Images)
Ex-executivo do Goldman Sachs e atual CEO da Real Vision, Raoul Pal está otimista quanto a segunda maior criptomoeda do mundo: o ether. Nativa da rede Ethereum, que passará por uma importante atualização em breve, a moeda digital pode subir ainda mais, segundo Pal.
A criptomoeda, que já sobe mais de 67% no último mês, é cotada a US$ 1.855 no momento, apresentando alta de 8,75% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap.
Parte disso está relacionado a expectativa de investidores sobre a próxima atualização da rede Ethereum. Apelidada de “The Merge”, a atualização realizará uma importante mudança na forma como as transações são validadas na rede. Ao invés de utilizar o mecanismo de consenso prova de trabalho (PoW), a Ethereum passará a utilizar a prova de participação (PoS), eliminando assim a mineração e se tornando mais sustentável.
Além disso, os últimos dados sobre a redução na inflação dos Estados Unidos ajudaram a impulsionar as principais criptomoedas, incluindo o ether. Nesse sentido, Pal acredita que uma inflação cada vez menor e um volume baixo de ether na carteira de investidores poderão beneficiar a segunda maior criptomoeda do mundo.
Depois de ter trabalhado como executivo no Goldman Sachs, Raoul Pal se tornou um verdadeiro entusiasta das criptomoedas e é considerado um “guru do mercado financeiro”. Ele publicou em seu Twitter nesta quarta-feira, 10, que as perspectivas para o ether são favoráveis, de acordo com gráficos e fatores macroeconômicos.
De acordo com Pal, a maioria dos investidores está mantendo um volume baixo de ether em carteira porque procura uma zona de entrada mais barata.
“Ainda acho que o caminho da dor é maior, pois a maioria dos participantes ainda está abaixo do peso e procura pontos de entrada mais baixos. A maioria das pessoas espera um fracasso nesta zona de resistência”, afirmou Pal. O guru prevê que a “batalha maior” acontecerá quando o ETH atingir US$ 2.300.
“Geralmente, canais de correção como esse não quebram na primeira tentativa e corrigem nitidamente no intervalo primeiro, mas isso é algo para algumas semanas, possivelmente”, disse.
Em termos macroeconômicos, a perspectiva de Pal é que a inflação diminuirá significativamente nos próximos 18 meses.
“A inflação de commodities está rapidamente se tornando uma história passada (vamos ver no próximo ciclo). A inflação de aluguéis, hipotecas, etc, são indicadores de atraso, mas à medida que a economia desacelera, eles também desacelerarão com o tempo”, comentou o ex-executivo do Goldman Sachs.
“Minha opinião é que a inflação pode ser negativa em 18 meses. Igual a 2008. As composições ano a ano ficam muito, muito, muito difíceis em um ano. Os títulos ainda estão com o preço errado, mesmo que o Fed siga dados atrasados. A curva de rendimento dos swaps de 2 e 10 agora é mais negativa desde o início dos dados”, concluiu Pal.
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