Golpes no mercado de criptomoedas exigem cuidado e atenção (FabrikaPhoto/Envato/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 8 de setembro de 2023 às 14h05.
A Agência de Combate a Drogas dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês) foi vítima de um dos golpes mais tradicionais, e simples, do mercado. Após ser enganada por criminosos, a organização acabou enviando US$ 55 mil (cerca de R$ 250 mil na cotação atual) em criptomoedas que haviam sido apreendidas em operações nos últimos anos.
De acordo com informações obtidas pela Forbes, o crime ocorreu no início deste ano. Os valores perdidos tinham sido apreendidos pela agência como parte de uma investigação sobre lavagem de dinheiro por traficantes de drogas que durou cerca de três anos. Ao todo, US$ 500 mil foram confiscados.
As criptomoedas estavam armazenadas em carteiras físicas da empresa Trezor e a quantia era da criptomoeda pareada ao dólar Tether (USDT). As informações sobre os ativos ficaram registradas em uma rede blockchain, e um golpista identificou a movimentação e um depósito de testes feito pela DEA.
Após identificar o teste, o criminoso criou um novo endereço de carteira que tinha os mesmos cinco números iniciais e quatro finais da carteira que ia receber uma parte dos ativos apreendidos. Cada endereço de carteira tem um número único, que pode chegar a 30 algarismos.
Em seguida, ele enviou um token para a conta que estava sendo testada pela DEA para enganar os reguladores e passar a impressão que o endereço correto era o da carteira criada por ele. A estratégia, um golpe comum no mercado de critpomoedas, conta com a possibilidade do dono dos ativos apenas copiar e colar o endereço, sem verificá-lo, e acabou dando certo.
Em uma única transação, a agência do governo dos Estados Unidos enviou os US$ 55 mil para a carteira do golpista. Em seguida, o golpe foi identificado e a DEA foi alertada. A agência chegou a pedir que a Tether congelasse a conta e impedisse saques, mas o golpista já havia retirado os fundos.
A partir daí, a agência trabalhou em conjunto com o FBI para identificar as criptomoedas. Foi descoberto que os ativos foram convertidos em ether e bitcoin e então transferidos para outra carteira. Até o momento, o dono da carteira não foi identificado, mas a investigação ainda está em andamento.
Dados da plataforma Etherscan apontam que a carteira possui, no momento, US$ 40 mil em ether, mas o endereço tem sido usado para realizar diversas movimentações desde junho, somando US$ 4520 mil em criptomoedas. Até o momento, os valores não foram recuperados.
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