Os EUA esperam que a população declare qualquer quantia acima de US$ 50.000 offshore, ou seja, fora do país (Evelyn Hockstein/Reuters)
O governo norte-americano apresentou na última segunda-feira, 28, sua proposta de orçamento para o ano de 2023. Nela, o presidente Joe Biden em conjunto com a Secretaria do Tesouro detalham que o governo pode arrecadar US$ 11 bilhões nos próximos 10 anos, sendo US$ 5 bilhões somente no próximo ano, “modernizando as regras” aplicadas aos criptoativos.
Segundo estimativas do órgão, US$ 6,6 bilhões podem ser gerados entre 2023 e 2032 aplicando a regra de “marcado a mercado” para ativos digitais “negociados ativamente”. Esse método leva em consideração as condições do mercado como um todo para determinar seu valor real, e não somente o preço de compra.
Além disso, o governo que a população declare qualquer quantia acima de US$ 50.000 offshore, ou seja, fora do país. Isso inclui corretoras cripto estabelecidas fora do solo norte-americano. “A natureza do mercado de ativos digitais oferece aos contribuintes norte-americanos esconder ativos e renda passível de impostos, através de corretoras e provedores de carteiras digitais em outros países”, afirmou a Secretaria do Tesouro.
Por último, as instituições esperam que bancos norte-americanos e instituições financeiras compartilhem informações com o Serviço Interno de Receitas, informando o valor das posições de clientes estrangeiros e donos de empresas em solo americano. Uma das intenções da medida é localizar cidadãos do país que criam empresas estrangeiras, pela qual fazem negociações financeiras.
O governo de Joe Biden tem se mostrado entusiasmado com a regulação dos criptoativos. No último dia 9, o presidente assinou um decreto que vai servir como orientação para as agências federais para futuras leis sobre a classe de ativos.
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