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Governo de Goiás fecha convênio focado em blockchain, metaverso e Web3

Parceria com a Anatel vai impulsionar projetos e estudos ligados à nova geração de internet no Brasil

Goías vai investir em projetos sobre a Web3 (Getty Images/Reprodução)

Goías vai investir em projetos sobre a Web3 (Getty Images/Reprodução)

Cointelegraph Brasil

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Publicado em 12 de fevereiro de 2023 às 10h00.

O governo de Goiás tem buscado colocar o estado na liderança entre os mais digitais do Brasil e, para isso, firmou nesta semana um convênio com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para, entre outras medidas, estudar ações e projetos envolvendo, blockchain, metaverso e Web3.

O convênio é um Termo de Execução Descentralizada (TED) entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), o Centro de Altos Estudos em Telecomunicações (Ceatel), órgão ligado à Anatel, e a Universidade Federal de Goiás (UFG).

"Goiás sai na vanguarda do ecossistema digital e se prepara para a introdução da próxima geração da internet, a web 3.0, que traz um potencial de inovação que já começa a ser demandado por empresas, governo e indivíduos no que diz respeito ao desenvolvimento e uso de serviços baseados em blockchain e ambientes de metaverso apoiados por redes de comunicação de baixa latência e alta vazão, como a 5G", destacou o comunicado.

O governo pretende habilitar a "terceira geração da internet". De acordo com o comunicado, ela consiste em dispositivos ultraconectados a uma rede descentralizada e centrada no usuário, como realidade aumentada, realidade virtual, metaverso e inteligência artificial.

A iniciativa será executada pelo Instituto de Informática da UFG e tem como objetivo promover, investigar e divulgar, regional e nacionalmente, conhecimentos tecnológicos sobre aplicações e serviços da Web3 sobre infraestruturas de comunicação avançadas com repercussões econômicas e sociais, com destaque para rede 5G.

O Instituto de Informática vai executar o projeto de pesquisa e desenvolvimento tecnológico intitulado “Avaliação de Impacto da Web3: Descentralizada, Imersiva, Semântica, Centrada no Usuário e Conectada com o Mundo Ciberfísico”, que fornecerá uma prova de conceito experimental, um protótipo com interações imersivas avançadas.

O presidente da Fapeg, Robson Domingos Vieira, destacou que o trabalho da fundação consiste em fomentar a ciência e tecnologia, e que o órgão estadual está apoiando o projeto por meio de investimentos de recursos.

Ele explica que a parceria alia a capacidade de gerenciamento de fomentos para a ciência e inovação da Fundação e sua capilaridade nesse ecossistema; o conhecimento da Anatel sobre as necessidades para alavancar um crescimento exponencial do setor; e a expertise da UFG e centros de inovação a ela vinculados, no desenvolvimento e execução de pesquisas científicas e tecnológicas.

Serão investigados também os impactos tecnológicos, socioeconômicos e jurídicos advindos da introdução das aplicações e serviços da nova geração da internet, a Web3.

Metaverso, Web3 e blockchain

Já o vice-reitor da UFG Jesiel Carvalho aponta que as universidades públicas têm trabalhado no sentido de disponibilizar suas capacidades intelectuais e técnicas para o bem da sociedade, sem perder de vista a principal missão, que é formar recursos humanos.

“A finalidade primordial da Universidade é formar recursos humanos, mas para que se forme recursos humanos de forma adequada, à altura dos desafios da humanidade, nós precisamos ter dentro da instituição um ambiente sofisticado de produção intelectual, de produção científica e tecnológica. Desta forma, serão recursos humanos com uma capacidade muito grande de apoiar os processos de desenvolvimento do país,” destacou.

O presidente do Ceatel e conselheiro da Anatel Alexandre Freire comentou sobre o objetivo da parceria ligada à Web3, que é o de promover o desenvolvimento nacional na área tecnológica. Segundo ele, de acordo com o Planejamento Estratégico recentemente aprovado pela Anatel, a transformação digital da sociedade e a atuação regulatória de excelência estão no âmago de cada um dos aspectos de atuação.

Os objetivos estratégicos, como fomentar o desenvolvimento de negócios e aplicações inovadoras, ou a promoção da isonomia e transparência da modernização das tecnologias, passam a nortear os trabalhos do Ceatel.

Robson Vieira destacou que a Fundação vai investir um total de R$ 1,4 milhão como auxílio de capital e custeio, incluindo bolsas de pós-graduação, no projeto sobre Web3: “A Fapeg cumpre seu papel como órgão do poder público que tem como responsabilidades fomentar a pesquisa científica nas diversas áreas do conhecimento e em áreas estratégicas para o desenvolvimento socioeconômico do estado de Goiás”.

Ele informou são responsabilidades da Fapeg, integrar o setor governamental e comunidade científica para obtenção de resultados de grande impacto, ampliar a produção científica e formar recursos humanos qualificados em Ciência, Tecnologia e Inovação.

Prova de conceito

Como parte desse estudo sobre Web3, será desenvolvida prova de conceito com interações imersivas para auxiliar os profissionais de Saúde envolvidos no atendimento e na transferência do cuidado de pacientes entre unidades hospitalares, usando redes 5G com auxílio de tecnologias do metaverso e inteligência artificial capazes de dar mais celeridade, segurança, confiabilidade e precisão no processo.

Ao entrar em uma unidade de saúde, o paciente interage com um profissional de saúde equipado com óculos de realidade aumentada (AR) e virtual (VR). Os óculos de AR/VR auxiliam o profissional de saúde na identificação rápida do paciente, através de reconhecimento facial ou comandos de voz habilitados por meio do uso de IA, eliminando a necessidade de interfaces mais rígidas/restritivas, como teclado e mouse, dianta Eliomar.

“Quando estiver pronta, a solução tem o potencial de contribuir à inovação tecnológica e representará um estudo de caso de referência na área, além de oferecer subsídios para novas pesquisas”, explica o professor.

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