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Golpes de phishing roubam quase R$ 1,5 bilhão em criptomoedas ao longo de 2023

Sites de phishing atraem vítimas na internet promovendo distribuições gratuitas de criptomoedas e NFTs falsos

Golpes de phising são vistos como maior ameaça por investidores cripto (Reprodução/Reprodução)

Golpes de phising são vistos como maior ameaça por investidores cripto (Reprodução/Reprodução)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 3 de janeiro de 2024 às 13h53.

A plataforma de segurança de blockchain Scam Sniffer revelou que mais de 324 mil usuários de criptomoedas foram vítimas de golpes de phishing em 2023, resultando em cerca de US$ 295 milhões (quase R$ 1,5 bilhão, na cotação atual) em ativos digitais perdidos.

Um relatório divulgado pela empresa analisou as tendências em torno das estratégias usadas em golpes de phishing de criptomoedas. A plataforma destacou que houve um crescimento contínuo nas atividades de phishing ao longo de 2023.

Além disso, o Scam Sniffer também relatou que, mesmo quando as ferramentas e sites usadas nos roubos fecham, as "gangues de phishing" simplesmente transferem suas atividades para outros lugares, indicando que não há uma falta de plataformas que forneçam serviços para os golpistas.

Em 2 de março, o Monkey Drainer, responsável por algumas explorações de phishing de alto nível, encerrou suas atividades, mas não sem antes recomendar um serviço diferente para sua clientela criminosa. O Scam Sniffer estimou que o Monkey Drainer roubou cerca de US$ 16 milhões em ativos digitais antes de fechar as portas.

Da mesma forma, a Inferno Drainer também encerrou seus serviços em 2023, depois de roubar cerca de US$ 81 milhões em ativos digitais. De acordo com o Scam Sniffer, o Angel Drainer parece ter assumido a liderança desse mercado criminoso atualmente, após o fechamento do Inferno Drainer.

Além disso, o Scam Sniffer também analisou como os sites de phishing obtêm tráfego. Um método que esses ladrões de criptomoedas empregam é invadir as contas oficiais em redes sociais como o Discord e o X, antigo Twitter, de um projeto ou influenciador e, em seguida, espalhar links de phishing por meio de postagens.

Os sites de phishing também obtêm tráfego orgânico de possíveis vítimas promovendo airdrops - distribuições gratuitas - de criptomoedas ou tokens não-fungíveis (NFTs na sigla em inglês) falsos. Eles ainda assumem o controle de links expirados do Discord e deixam comentários e menções de spam no X.

Além disso, os golpistas têm conseguido contornar as diretrizes de publicidade do Google e do X, de acordo com o Scam Sniffer, facilitando a atração de vítimas. Segundo o relatório, os sites de phishing conseguiram publicar anúncios pagos no mecanismo de busca do Google e no Twitter ao longo de 2023.

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