Genesis, sua unidade de empréstimos de criptomoedas e sua controladora podem ser as próximas vítimas da falência da FTX (Genesis Capital/Reprodução/Reprodução)
Cointelegraph Brasil
Publicado em 23 de novembro de 2022 às 10h56.
A empresa de empréstimo de criptomoedas Genesis Global Capital contratou um consultor de reestruturação para explorar todas as alternativas possíveis que incluem, mas não estão limitadas a, uma possível falência.
A empresa contratou o banco de investimentos Moelis & Company para explorar diferentes opções para solucionar seus problemas, enquanto pessoas familiarizadas com a situação enfatizaram que nenhuma decisão definitiva foi tomada e que ainda é possível que a empresa evite um pedido de falência, de acordo com o The New York Times.
A Moelis & Company também foi uma das empresas contratadas pela Voyager Digital depois da suspensão de saques e depósitos aos clientes em 1º de julho para explorar “alternativas estratégicas”.
Dias depois, a Voyager Digital entrou com um pedido de falência conhecido como Capítulo 11 no Tribunal Distrital do Sul de Nova York como parte de um plano de reestruturação que buscava “retornar valor aos clientes”.
No entanto, um porta-voz da Genesis disse recentemente que a empresa não tinha planos "iminentes" de pedir falência depois que uma reportagem publicada em 21 de novembro pela Bloomberg sugeriu o contrário.
“Não temos planos de declarar falência em breve. Nosso objetivo é resolver a situação atual de forma consensual, sem a necessidade de qualquer pedido de falência. A Genesis continua tendo conversas construtivas com seus credores”, disse o porta-voz.
A Genesis está buscando entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão de investidores para cobrir um déficit que é resultado de uma “turbulência sem precedentes no mercado” após a queda da corretora de criptomoedas FTX.
De acordo com uma reportagem da Bloomberg, a empresa tem US$ 2,8 bilhões em empréstimos pendentes em seu balanço. Cerca de 30% destes empréstimos teriam sido feitos para “partes relacionadas”, incluindo sua controladora, o Digital Currency Group, juntamente com a sua afiliada e unidade de empréstimos, a Genesis Global Trading.
Recentemente, circulou uma carta assinada pelo CEO do Digital Currency Group, Barry Silbert, afirmando que a empresa deve US$ 575 milhões à Genesis Global Capital, com vencimento em maio de 2023.
Desde o colapso da FTX em 11 de novembro, todas as atenções se voltaram para a Genesis, a Grayscale Investments e a controladora de ambos, a Digital Currency Group, com preocupações de que as empresas possam ser as próximas vítimas do contágio de quebras e problemas financeiros. Todas as três empresas tentaram acalmar os temores dos investidores na última semana.
A Grayscale Investments fez um post no Twitter em 17 de novembro observando que “a segurança das participações subjacentes aos produtos de ativos digitais da Grayscale não foram afetadas”, referindo-se à interrupção dos saques da Genesis Global Trading, acrescentando que seus produtos continuam a operar normalmente.
Já a Genesis reiterou que seus serviços de custódia e de negociação de ativos e derivativos “permanecem totalmente operacionais”, apesar da suspensão dos saques de clientes em seus produtos de empréstimos.
Enquanto isso, a última carta aos investidores do CEO do Digital Currency Group, Barry Silbert, garantiu que o DCG está a caminho de ter US$ 800 milhões em receita em 2022. “Nós resistimos a invernos cripto anteriores e, embora este possa parecer mais severo, coletivamente sairemos dele mais fortes”, disse.
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