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Gestora com R$ 7 trilhões vai lançar fundo de investimentos focado em blockchain

Franklin Templeton anunciou estreia de segundo fundo voltado a iniciativas com nova tecnologia

Franklin Templeton lançou em 2021 seu primeiro fundo voltado ao blockchain (Reprodução/Reprodução)

Franklin Templeton lançou em 2021 seu primeiro fundo voltado ao blockchain (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 11 de maio de 2023 às 12h30.

A Franklin Templeton, uma das maiores gestoras de patrimônio do mundo com US$ 1,04 trilhão (R$ 6,96 trilhões, na cotação atual) sob custódia, pretende lançar nos próximos meses um novo fundo de investimentos focado em blockchain. O produto será o segundo do tipo disponibilizado pela empresa para seus investidores.

As informações sobre o fundo já foram submetidas para aprovação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês). O pedido, divulgado na quarta-feira, 10, explica que o fundo terá um valor mínimo de investimento de US$ 100 mil.

O primeiro fundo de blockchain da Franklin Templeton foi lançado no fim de 2021, com foco na prática do chamado venture capital, que são investimentos de risco maior em startups em estágios iniciais, apostando no sucesso dos produtos e tecnologias desenvolvidos por elas.

Já o novo fundo terá foco no chamado private equity, que é o aporte direto nas empresas a partir da compra de ações, em geral focando em companhias que já possuem mais tempo no mercado e faturamento positivo. Com o novo produto, a gestora trilionária reforça seu interesse na nova tecnologia.

Em abril, a Franklin Templeton se tornou a primeira empresa a integrar totalmente um fundo de investimentos a uma rede blockchain. A ação envolveu a inclusão do Franklin OnChain U.S. Government Money Fund ao blockchain Polygon, buscando trazer mais transparência e facilitar o acesso ao seu produto.

Em um comunicado sobre a operação, a gestora destacou que o fundo se tornou o primeiro com registro nos Estados Unidos a usar um blockchain público  para processar transações e registrar informações como a parcela de cada investidor. Segundo o comunicado, a Polygon "dá acesso a um mercado de US$ 260 bilhões", se referindo aos ativos baseados na Ethereum.

Vantagens do blockchain

Com a integração, os registros de investimentos no fundo ficarão registrados na Polygon. Para o diretor de ativos digitais da Franklin Templeton, Roger Bayston, a operação "permite que o fundo seja ainda mais compatível com o restante do ecossistema digital, especificamente por meio de um blockchain baseado na Ethereum".

O comunicado diz ainda que "aproveitar o escopo e a amplitude do ecossistema Ethereum abre um mundo de possibilidades para os investidores". Atualmente, o fundo escolhido pela gestora investe ao menos 99,5% de seus ativos totais em títulos do governo dos Estados Unidos.

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