A SEC já autorizou o lançamento de ETFs exclusivos de bitcoin ou de ether nos EUA (Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 19 de junho de 2024 às 18h18.
Última atualização em 19 de junho de 2024 às 19h26.
A gestora brasileira Hashdex entrou com um pedido na última terça-feira, 18, para lançar um ETF misto de bitcoin e ether nos Estados Unidos. Um fundo negociado em bolsa desse tipo ainda não existe no mercado americano, mas a solicitação será avaliada agora pela pela Comissão de Valores Mobiliários do país, a SEC.
De acordo com o pedido enviado à SEC, a divisão entre as aplicações do ETF nas criptomoedas levará em conta as capitalizações de mercado de cada ativo, respeitando a proporcionalidade entre elas, ou seja, com mais investimentos em bitcoin do que no ether.
James Seyffart, analista de criptoativos da Bloomberg, comentou que a SEC terá até a primeira semana de março de 2025, aproximadamente, para dar uma resposta ao pedido. Em janeiro deste ano, o regulador aprovou os primeiros ETFs de preço à vista do bitcoin.
Desde então, os fundos estão entre os de melhor performance no mercado americano, atraindo bilhões em investimentos. Já em 23 de maio, a SEC também aprovou as primeiras solicitações de lançamento de ETFs de ether, mas que ainda não foram lançados no mercado.
A proposta do novo ETF misto conta com dois custodiantes de ativos: as empresas Coinbase e BitGo. Na visão de Seyffart, o movimento da Hashdex faz "completo sentido" considerando tanto as aprovações recentes pela SEC quanto as operações da gestora no Brasil.
Diferentemente dos Estados Unidos, o mercado brasileiro de ETFs de criptomoedas já é mais maduro e diverso. Os primeiros fundos de preço à vista de bitcoin foram aprovados pela CVM em 2021 e, desde então, o regulador já aprovou diferentes tipos de estruturas de fundos.
A Hashdex está entre as gestoras que possuem ETFs multiativos, ou seja, com exposição a mais de uma criptomoeda diferente. À EXAME, fontes com conhecimento do movimento da Hashdex informaram que o objetivo da empresa é replicar nos Estados Unidos a estrutura do HASH11, seu principal ETF no Brasil.
O HASH11 segue o Nasdaq Crypto Index e tem uma composição de cerca de 65% de ativos em bitcoin, 25% em ether e 10% em outras criptomoedas. O pedido da Hashdex também permite que, futuramente, o ETF misto inclua outras criptomoedas que tenham ETFs aprovados pela SEC.