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FTX recupera R$ 35 bilhões em ativos e pode retomar operação ainda em 2023

Corretora de criptomoedas declarou falência em novembro de 2022, e clientes aguardam liberação de saques desde então

Corretora de criptomoedas FTX declarou falência em novembro de 2022 (Reuters/Reuters)

Corretora de criptomoedas FTX declarou falência em novembro de 2022 (Reuters/Reuters)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 13 de abril de 2023 às 09h37.

Última atualização em 13 de abril de 2023 às 11h49.

A corretora falida de criptomoedas FTX está considerando retomar suas atividades em um futuro próximo, de acordo com a equipe jurídica que representa a companhia. Durante uma audiência na última quarta-feira, 12, no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito de Delaware, os advogados da exchange deram mais detalhes sobre sua situação financeira e planos futuros.

Eles disseram que a empresa conseguiu recuperar cerca de US $7,3 bilhões (R$ 35,94 bilhões, na cotação atual) em ativos líquidos. Um documento de março divulgado pela exchange relatou que as quatro áreas de atuação da FTX tinham cerca de US$ 4,8 bilhões em ativos líquidos em novembro de 2022, mesmo mês em que a falência foi declarada, com uma investigação em andamento para localizar esses ativos.

De acordo com a equipe jurídica, a FTX também está considerando reiniciar suas operações de neogicação de criptomoedas em algum momento do segundo trimestre de 2024 - o que sugere uma possível reinicialização entre abril e maio. O novo CEO da FTX, John Ray, já havia falado sobre essa possibilidade em uma entrevista em janeiro.

A criptomoeda nativa da corretora, o FTT, disparou de US $1,32 para US $2,80 ao mesmo tempo em que os advogados anunciaram a possível reinicialização da exchange - um aumento de mais de 112%. O preço do ativo havia permanecido entre US$ 1 e US$ 2 desde o arquivamento da falência da empresa.

Processo de recuperação judicial

Na mesma audiência, o juiz de falências responsável pelo processo negou uma moção que permitia ao tribunal priorizar o reembolso das taxas legais do ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried. Ele deixou a porta aberta para que o executivo apresentasse evidências ao tribunal no futuro sobre essa moção.

"Francamente, não tenho nenhuma evidência para estabelecer a causa aqui", disse o juiz John Dorsey. “O Sr. Bankman-Fried não apresentou nenhuma evidência sobre o equilíbrio das equidades aqui, que tipo de dano ocorrerá a ele. Eu não sei quais outras apólices de seguro ele tem acesso, eu não sei quais outros ativos ele tem acesso privado que permitiriam a ele cobrir esses custos e depois recuperá-los posteriormente sob essa política.".

As audiências do tribunal de falências seguiram o anúncio dos credores de que um tribunal suíço havia concedido uma petição permitindo a venda da FTX Europe AG, o braço europeu da empresa. A FTX Europe AG, juntamente com outras 133 subsidiárias, fazia parte do processo de falência original da FTX nos Estados Unidos, iniciada em novembro de 2022. Desde então, os clientes seguem com fundos bloqueados na exchange, aguardando uma possível liberação de saques.

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