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FTX anuncia que vai ressarcir parte dos valores a clientes e descarta reabrir corretora

Corretora de criptomoedas declarou falência em novembro de 2022 e investidores aguardam recuperação de fundos desde então

FTX declarou falência nos Estados Unidos em novembro de 2022 (Reuters/Reuters)

FTX declarou falência nos Estados Unidos em novembro de 2022 (Reuters/Reuters)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 31 de janeiro de 2024 às 18h20.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2024 às 18h42.

A corretora falida de criptomoedas FTX anunciou nesta quarta-feira, 31, que pretende ressarcir todos os seus clientes, que receberão de volta todos os valores que estão congelados na exchange desde a quebra da empresa, em novembro de 2022. O plano foi compartilhado durante uma audiência judicial.

De acordo com a FTX, o valor que será considerado para o ressarcimento levará em conta a cotação dos ativos dos clientes no momento em que a falência foi declarada. Naquele momento, porém, o mercado já tinha registrado uma forte queda, o que desvalorizou a maioria das criptomoedas.

Além disso, muitos ativos entraram em um forte ciclo de valorização, em especial no segundo semestre de 2023. O bitcoin, por exemplo, valia cerca de US$ 17 mil em novembro de 2022 e está cotado no momento a US$ 43 mil. O valor de referência, porém, será o de novembro.

Dados reunidos pelas autoridades indicam que a FTX tinha cerca de 15 milhões de clientes antes da falência. No total, eles têm direito a receber entre US$ 30 bilhões a US$ 35 bilhões em ativos perdidos. Como uma forma de reunir o valor, a exchange tem vendido diversos ativos nos últimos meses. Mais recentemente, ela se desfez de mais de US$ 1 bilhão em participações no ETF de bitcoin da Grayscale.

Para ter direito ao ressarcimento, os investidores precisarão enviar um comprovante de que tinha criptomoedas sob custódia da corretora. Ainda não há um cronograma claro sobre os pagamentos, mas eles devem começar nos próximos meses de 2024, sem data final prevista.

Também durante a audiência, a FTX afirmou que abandonou os planos para uma possível reabertura da corretora. A opção chegou a ser citada anteriormente pelos responsáveis por coordenar o processo de recuperação judicial da exchange, que chegou a ser a segunda maior do mundo.

Em agosto de 2023, a FTX chegou a apresentar uma proposta de reorganização que abriria o caminho para a exchange se tornar operacional como uma entidade offshore, ou seja, operando fora da soberania dos Estados Unidos.

Já em outubro, a empresa informou que recebeu pelo menos três propostas de compra foram feitas desde a sua quebra. Ainda não está claro se as propostas ainda estão sendo analisadas e, caso uma fosse aceita, se as operações como corretora de criptomoedas seriam retomadas.

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