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FTX anuncia data de início de pagamentos para clientes após falência

Corretora de criptomoedas chegou a ser a segunda maior do mundo antes de quebrar, deixando prejuízo bilionário para investidores

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 14h23.

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A corretora de criptomoedas FTX anunciou nesta terça-feira, 4, que vai iniciar os pagamentos para seus ex-clientes a partir do dia 18 de fevereiro. Os ressarcimentos ocorrerão de forma escalonada ao longo das próximas semanas, dependendo do montante que cada investidor tinha antes da falência da exchange.

Segundo os responsáveis por administrar a massa falida da FTX, os pagamentos começarão com o grupo de clientes que tina menos de US$ 50 mil na conta no momento da falência, em novembro de 2022. Posteriormente, outros grupos serão ressarcidos até 4 de março.

A exchange informou que cumpriu "todos os passos" necessários para iniciar os reembolsos e explicou que os pagamentos serão processados e realizados através da plataforma de custódia de criptomoedas BitGo. Os valores serão enviados para as contas informadas por cada cliente.

Porém, ainda não está claro se todos os investidores com menos de US$ 50 mil já receberão os valores a partir de 18 de fevereiro. Até o momento, o mais provável é que os primeiros ressarcimentos sejam feitos apenas para ex-clientes que fazem parte do processo que a exchange enfrenta nas Bahamas.

Cálculos apontam que o prejuízo dos clientes com a quebra da FTX chegou à casa dos US$ 30 bilhões. Devido ao andamento do processo de falência nos Estados Unidos e às ações da exchange para reunir os fundos necessários para os pagamentos, a espera se arrasta para mais de dois anos.

O plano de ressarcimento foi aprovado pela Justiça dos Estados Unidos em outubro de 2024, mas tem sido criticado pelos antigos clientes da corretora falida. O principal motivo é a decisão da exchange de realizar os pagamentos em dinheiro, e não nas unidades das criptomoedas que cada investidor tinha.

Críticas à FTX

A corretora vai pagar o valor que os clientes tinham na exchange considerando a cotação das criptomoedas no momento da quebra, mais um valor adicional de juros, totalizando 118% do total de ativos.

Entretanto, desde a quebra da FTX em 2022, o mercado cripto teve uma forte valorização. O bitcoin, por exemplo, estava abaixo dos US$ 20 mil quando a falência ocorreu e hoje ronda os US$ 100 mil. Pelo plano, um cliente não receberia as unidades de bitcoin com esse preço, mas sim o valor de US$ 20 mil por unidade.

A falência da FTX representou exatamente o ponto mais baixo do preço de diversas criptomoedas no último ciclo do mercado, ou seja, os investidores teriam um lucro muito maior se recebessem as unidades dos ativos ao invés do valor em dólar naquele momento.

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