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Editor do Future of Money
Publicado em 3 de julho de 2025 às 12h19.
Última atualização em 3 de julho de 2025 às 13h27.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) recusou uma proposta do Paquistão para subsidiar tarifas de energia elétrica como forma de incentivar a criação de operações de mineração de criptomoedas. O país tem buscado recursos para expandir a presença de mineradoras no seu território.
A informação foi compartilhada pelo secretário de Energia do Paquistão, Fakhray Alam Irfan, durante uma audiência no Senado do país. Questionado sobre possíveis respostas do FMI ao plano, Irfan revelou que a autoridade internacional já havia rejeitado a sugestão.
Apesar da recusa, o governo do Paquistão disse que não vai desistir do plano e que está à procura de outras organizações internacionais que poderiam apoiar financeiramente a proposta. A principal é o Banco Mundial, que ainda não deu um retorno à solicitação do país.
A visão do FMI é que o plano do Paquistão criaria uma distorção no mercado de energia do país, que já estaria pressionado por um endividamento elevado, na casa dos US$ 4,5 bilhões. Já o governo paquistanês afirma que o projeto aproveitaria um excesso de energia produzido no país durante o inverno.
A ideia do Paquistão é oferecer energia a um baixo custo como forma de atrair empresas de mineração de bitcoin. A atividade tem uma demanda energética elevada, e os custos menores seriam uma forma de atrair companhias em busca de ampliar a lucratividade das operações.
A proposta do governo também envolve outros segmentos da economia que têm um gasto intensivo de energia. Já o FMI acredita que o plano criaria um desequilíbrio na economia do Paquistão, um cenário que historicamente ocorre quando há a implementação desse tipo de subsídio.
O movimento também reflete uma tentativa do governo paquistanês de se aproximar do mercado de criptomoedas e se estabelecer como um hub regional para o setor. Recentemente, o governo anunciou que pretende criar uma reserva nacional de bitcoin.
O país também criou em março deste ano uma Autoridade para Ativos Digitais, que tem coordenado os esforços na área, e um Conselho de Cripto. Entre os nomes selecionados para o conselho está Changpeng Zhao, ex-CEO e fundador da Binance, a maior corretora cripto do mundo.
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