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FMI aconselha El Salvador a limitar uso de bitcoin para evitar riscos

Órgão defendeu que governo do país precisa ter mais transparência em seus investimentos na criptomoeda, iniciados em 2021

El Salvador foi primeiro país do mundo a adotar bitcoin como moeda legal (Getty Images/Reprodução)

El Salvador foi primeiro país do mundo a adotar bitcoin como moeda legal (Getty Images/Reprodução)

Cointelegraph Brasil

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Publicado em 13 de fevereiro de 2023 às 11h41.

O Fundo Monetário Interacional (FMI) publicou uma declaração em que aconselha El Salvador a ter cautela ao expandir a exposição do governo ao bitcoin - uma moeda legal no país desde setembro de 2021 - devido à “natureza especulativa” dos mercados de criptomoedas.

O posicionamento do órgão enfatizou que os riscos da criptomoeda para El Salvador e sua economia “não se materializaram” ainda devido ao uso “limitado” do ativo pelo país até o momento. Funcionários do FMI fizeram uma visita recente à nação da América Central, a primeira do mundo a adotar uma criptomoeda como moeda legal.

O FMI afirmou que El Salvador deveria abordar o risco do bitcoin para a sustentabilidade fiscal e proteção dos consumidores do país, bem como para a integridade e estabilidade financeira da nação. O órgão destacou a importância de reconhecer esses riscos, já que o uso da criptomoeda em El Salvador “pode crescer” após o reconhecimento como moeda legal.

El Salvador também foi incentivado pela organização a repensar sua decisão de emitir títulos tokenizados, já que o FMI afirmou que isso deveria ser “evitado” devido aos riscos legais e financeiros da operação.  “Dados os riscos legais, a fragilidade fiscal e a natureza altamente especulativa dos mercados cripto, as autoridades devem reconsiderar seus planos de expandir as exposições do governo ao bitcoin, inclusive por meio da emissão de títulos tokenizados", disse o fundo.

A necessidade de “maior transparência” do governo salvadorenho também foi enfatizada em relação às transações com a criptomoeda e à “situação financeira” de sua carteira estatal de bitcoin, a Chivo. O posicionamento ocorreu após a decisão do país de criar uma estrutura legal para um título lastreado em bitcoin, conhecido como “título do vulcão”.

O governo salvadorenho disse que esses títulos seriam usados ​​para pagar a dívida soberana do país e financiar a construção de sua proposta "Cidade do Bitcoin". O local faz parte do plano de El Salvador de continuar atraindo investidores de criptomoedas. O governo do país determinou ainda que uma prioridade em 2023 é abordar qualquer possível atividade criminosa relacionada à criptomoeda.

Guillermo Contreras, CEO da DitoBanx, disse anteriormente que a abertura do Escritório Nacional de Bitcoin em El Salvador funcionará como “uma entidade central” para lidar com essas e outras questões ligadas à criptomoeda conforme o país avança na sua adoção.

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