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Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 12 de novembro de 2020 às 15h47.
Última atualização em 12 de novembro de 2020 às 20h56.
Um estudo publicado na última semana pelo BIS (Banco de Compensações Internacionais), instituição considerada o "banco central dos bancos centrais", mostra que o Brasil é o principal mercado de fintechs da América Latina, tanto em termos de investimentos, quanto em número de negócios e em volume de financiamento.
O estudo do BIS, que mapeou startups do setor financeiro em toda a América Latina, mostra que o Brasil acumulou 222 acordos de negocição com fintechs e responde por 50,5% do total de investimentos do setor na região, somando, ao todo, quase 2,5 bilhões de dólares — a maior parte direcionada a bancos digitais e serviços de pagamento.
O país com o segundo maior volume de investimento na região é a Colômbia, com 1,09 bilhão de dólares, seguido por México (649 milhões de dólares) e Argentina (290 milhões). Em relação ao volume de financiamento alternativo, a segunda colocação é do Chile, seguido por México e Colômbia.
"Entre 2017 e 2019, o investimento em fintechs cresceu mais de 100%, enquanto o número de acordos aumentou 28%", diz o relatório do BIS.
O relatório mostra que, em 2019, 64% dos brasileiros usou serviços de pelo menos uma fintech — mesmo número da média mundial. No México, 72% da população utiliza serviços de fintechs, enquanto na Colômbia são 76%. Os altos números dos países latino-americanos em relação à média global se deve principalmente por causa do grande número de desbancarizados.
Ainda segundo o documento, mais da metade da população dos países da América Latina não tem acesso a serviços financeiros e, como oferecem custos mais baixos e maior eficiência, as fintechs avançam rapidamente na região.