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Editor do Future of Money
Publicado em 27 de junho de 2025 às 15h02.
Última atualização em 27 de junho de 2025 às 15h15.
O FBI revelou na última quarta-feira, 25, que usou o bitcoin para identificar e prender um hacker que estava sendo procurado pelas autoridades americanas depois de roubar mais de US$ 25 milhões (R$ 136 milhões, na cotação atual). A criptomoeda teve um papel central na operação.
Em um comunicado, o FBI disse que o alvo da operação era um jovem britânico de 25 anos conhecido na internet como IntelBroker e Kyle Northern. Junto com cúmplices, ele roubou dados pessoais de ao menos 40 vítimas e os vendeu na internet, cobrando também "resgates" dos alvos dos ataques.
O hacker atacou tanto pessoas quanto empresas, incluindo uma companhia de telecomunicações, uma empresa da área de saúde municipal e uma de serviços de internet. Ele foi preso em fevereiro na França, após o FBI conseguir identificá-lo por meio do bitcoin.
Tradicionalmente, o hacker aceitava apenas pagamentos na criptomoeda monero quando vendia dados no mercado paralelo. A monero é conhecida por usar um sistema que dificulta a identificação do dono, o que acabou atraindo criminosos nos últimos anos.
Os esforços do FBI começaram em 2023, quando um agente infiltrado ofereceu US$ 250 para comprar dados de uma das vítimas do criminoso. O hacker aceitou a oferta, mas precisou receber o valor em bitcoin, não em monero. E foi graças a isso que a identificação foi possível.
O bitcoin opera em um blockchain público, o que significa que todas as movimentações de ativos são visíveis e rastreáveis. O FBI monitorou as unidades enviadas para o criminoso e conseguiu traçar todo o histórico de transferências. Com isso, foi possível chegar ao próprio hacker e estabelecer sua localização.
O envio das criptomoedas permitiu identificar a carteira digital que era usada pelo criminoso e monitorar suas movimentações. Além disso, foi confirmado pelo FBI que o hacker tinha as informações de acesso para a mesma carteira digital, reforçando que ele era o criminoso.
O FBI também investigou movimentações do hacker em uma conta na corretora de criptomoedas Coinbase. Ainda detido na França, o jovem agora aguarda extradição para os Estados Unidos, onde será julgado e poderá ser sentenciado à prisão em regime fechado.
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