Golpes no mercado de criptomoedas exigem atenção de investidores (Al Drago/Bloomberg)
Repórter do Future of Money
Publicado em 26 de junho de 2024 às 16h28.
Última atualização em 26 de junho de 2024 às 16h39.
O FBI, uma das mais importantes agências de investigação do mundo, divulgou um alerta na última segunda-feira, 24, sobre um novo golpe que tem crescido no mercado de criptomoedas. Até o momento, apurações das autoridades apontam que cerca de US$ 9,9 milhões (R$ 52 milhões, na cotação atual) já foram perdidos.
A investigação do FBI aponta que o golpe começou em fevereiro de 2023 e segue sendo praticado. Em geral, ele tem início em plataformas de redes sociais e trocas de mensagens, com os golpistas entrando em contato diretamente com os alvos escolhidos para a realização do crime.
No contato, os criminosos fingem que são advogados e informam a vítima de que podem ajudá-la a recuperar valores perdidos com empresas de criptomoedas. Caso a pessoa aceite a oferta, é solicitado que ela envie informações sensíveis aos "advogados", que então usam os dados para o roubo.
Em geral, os golpistas solicitam dados pessoais e bancários, o valor que as pessoas gostariam de recuperar e informações sobre quais corretoras de criptomoedas e instituições financeiras usam. Além disso, há casos em que eles pedem o pagamento adiantado de uma parte da remuneração pelos serviços que supostamente prestariam.
Em agosto de 2023, o FBI também emitiu um alerta destacando que criminosos estavam fingindo ser investigadores ligados à agência para convencer vítimas a passarem dados sensíveis ou então contratarem serviços para investigações de crimes financeiros.
Além do alerta, o FBI também compartilhou dicas para evitar cair no golpe. A principal é "desconfiar de anúncios de serviços de recuperação de criptomoedas. Pesquise a empresa anunciada e tome cuidado se ela usar linguagem vaga, tiver uma presença online mínima e fizer promessas quanto à capacidade de recuperar fundos".
"Se um indivíduo desconhecido entrar em contato com você e afirmar ser capaz de recuperar criptomoedas roubadas, não divulgue nenhuma informação financeira ou de identificação pessoal e não envie dinheiro. As autoridades também não cobram uma taxa para investigação de crimes", ressaltou a agência.