Repórter do Future of Money
Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 14h47.
A empresa de análises CryptoQuant divulgou um relatório nesta sexta-feira, 31, em que avalia que o movimento de expansão das stablecoins observado desde 2024 pode ser o grande catalisador por trás de um novo ciclo de alta das criptomoedas nos próximos meses.
No relatório, analistas da empresa destacam que as condições de liquidez no mercado cripto costumam ser avaliadas a partir do valor total de stablecoins em circulação. E essa métrica teve um crescimento expressivo desde que Donald Trump venceu as eleições presidenciais dos Estados Unidos.
A CryptoQuant destaca que "historicamente, uma liquidez em crescimento por meio das stablecoins é associada a ganhos mais sustentáveis no mercado de criptomoedas", indicando um cenário favorável para um ciclo de alta mais prolongado dos ativos digitais.
O relatório pontua que a capitalização de mercado total das stablecoins saltou de US$ 167 bilhões na eleição de Trump para US$ 200 bilhões no início de janeiro, atingindo um novo recorde histórico. Atualmente, a capitalização do setor está na casa dos US$ 204 bilhões.
Dados reunidos pela empresa indicam que esse crescimento está ligado às duas principais criptomoedas pareadas ao dólar: a USDT, da Tether, e, em menor grau, a USDC, da Circle. A USDT teve um crescimento de depósitos em corretoras de US$ 30,5 bilhões em 4 de novembro para US$ 43 bilhões atualmente.
A CryptoQuant ressalta que "o valor total das stablecoins é uma fonte importante de liquidez para as corretoras, e a sua expansão geralmente é associada a preços maiores das criptomoedas". Além disso, o segmento registrou outros desempenhos positivos no ano de 2024.
Outro levantamento, da empresa CEX.io, apontou que o volume de transferências com stablecoins em 2024 foi superior aos volumes de transferências combinados de duas gigantes da área de meios de pagamento, a Visa e a Mastercard, chegando a US$ 27,6 trilhões.
As stablecoins ganharam espaço principalmente pelo segmento de criptomoedas pareadas ao dólar. Por causa disso, elas são usadas principalmente em transações transfronteiriças e como alternativas mais eficientes de exposição ao dólar.