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Repórter do Future of Money
Publicado em 20 de março de 2025 às 14h47.
Robert Mitchnick, líder da área de ativos digitais da BlackRock, afirmou recentemente que a "narrativa" no mercado de que o bitcoin seria um ativo de risco está incorreta. Além disso, o executivo avalia que a queda recente da criptomoeda "não faz sentido" considerando os seus fundamentos.
Em entrevista ao canal CNBC na última quarta-feira, 19, Mitchnick disse que a criptomoeda é "global, escassa, sem controle de algum país e descentralizada", mas que o ativo segue sem promovido por parte do mercado cripto de uma forma que prejudica a sua imagem.
"O que nós temos visto recentemente parece ser uma ferida autoimposta e uma profecia autorrealizável de algumas pesquisas e comentários que a indústria faz, reforçando a ideia de que o bitcoin seria um ativo de risco em alguns momentos", comentou o executivo da BlackRock.
Entretanto, ele avalia que a queda da criptomoeda devido à piora nas perspectivas para a economia dos Estados Unidos "não faz o menor sentido". Mitchnick falou ainda sobre os possíveis impactos para o ativo da imposição de tarifas por Donald Trump a outros países.
"Não há uma clareza em relação às tarifas e se elas seriam fundamentalmente negativas para o bitcoin. Em relação aos temores sobre a economia, eu não sei se nós teremos ou não uma recessão, mas uma recessão seria um grande catalisador para o bitcoin", destacou.
A visão do líder da BlackRock indica que uma piora macroeconômica nos Estados Unidos deveria impulsionar, e não derrubar, o preço da criptomoeda. Ele pontua ainda que os prejuízos para o ativo com os juros altos nos EUA também prejudicam outras classes, como as ações.
Mitchnick também ressaltou que, mesmo com a queda observada nas últimas semanas, o bitcoin segue cerca de 15% acima do preço registrado no início de novembro, o que indica que mesmo os temores generalizados entre investidores não foram suficientes para reverter essa valorização.
O executivo da BlackRock ainda demonstrou otimismo sobre o futuro da criptomoeda: "Obviamente, 2024 foi bem incrível, bastante histórico. Isso, fundamentalmente, é o que pensamos que o longo prazo vai ser. E é por isso que as pessoas pensam que ele é como um ouro digital".
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