Future of Money

Ex-CEO da FTX vai ajudar clientes em processo contra Gisele Bündchen e outros famosos

Após condenação a 25 anos de prisão, Sam Bankman-Fried assinou acordo para auxiliar clientes da corretora que estão processando celebridades

Sam Bankman-Fried é o ex-CEO da corretora FTX (Reuters/Reuters)

Sam Bankman-Fried é o ex-CEO da corretora FTX (Reuters/Reuters)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 23 de abril de 2024 às 12h00.

Sam Bankman-Fried, ex-CEO e fundador da corretora falida de criptomoedas FTX, fechou um acordo com clientes da exchange para encerrar uma ação coletiva contra o executivo. Em troca, ele se comprometeu a auxiliar o grupo em um processo aberto contra famosos que divulgaram a FTX.

O acordo entre Bankman-Fried e os autores da ação coletiva foi firmado na última sexta-feira, 19, mas ainda precisa ser aprovado pelo juiz responsável pelo caso. A aprovação liberaria o executivo de possíveis condenações na ação. O ex-CEO já foi condenado a 25 anos de prisão em março deste ano.

Pelo acordo, o fundador da FTX precisará fornecer ao grupo de clientes uma série de informações relevantes para a ação coletiva, incluindo testemunhos e documentos. A ideia é que o material "ajudem as vítimas a recuperarem" os fundos perdidos com a falência da corretora de criptomoedas.

Além disso, as informações também deverão ser usadas no processo aberto contra celebridades que promoveram a FTX. A lista envolve nomes como Gisele Bündchen, Tom Brady, Shaquille O'Neill, Steph Curry e Naomi Osaka, que divulgaram a corretora em comerciais na televisão, internet e em posts nas redes sociais.

Pelo acordo, Bankman-Fried também precisará fornecer informações sobre seu patrimônio atual e os investimentos da empresa na companhia de inteligência artificial Anthropic. Outros executivos ligados a Bankman-Fried e à FTX também chegaram a acordos semelhantes com o grupo de clientes.

Até o momento, influenciadores que estavam envolvidos na ação coletiva já fecharam acordos com os clientes e aceitaram contribuir com um fundo ligado ao processo. O fundo é estimado em US$ 1,4 milhões (mais de R$ 7 milhões, na cotação atual) atualmente.

Gisele Bündchen e FTX

Em março de 2023, Bündchen falou pela primeira vez sobre a falência da FTX, afirmando que foi "pega de surpresa" pela falência da corretora. Ela atuava como "diretora de iniciativas sociais e ambientais" da exchange, mas disse que não podia dar detalhes sobre o caso devido às investigações e processos em andamento.

Entretanto, ela disse que acreditou na corretora de criptomoedas e que achava que o negócio era "seguro e uma coisa importante, baseado no que os meus conselheiros financeiros me disseram". Além de promover a exchange, Bündchen investiu seu próprio patrimônio na companhia.

"É simplesmente terrível. Sinto muito por todos nós que isso [a falência] tenha acontecido, e eu apenas rezo para que a justiça seja feita", comentou a supermodelo à época. Bündchen e seu ex-marido, Tom Brady, teriam perdido cerca de US$ 48 milhões com a quebra da companhia.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:CriptomoedasCriptoativos

Mais de Future of Money

Presidente de El Salvador sugere programa de "aluguel de vulcão" para mineração de bitcoin

Bitcoin falha em atingir US$ 100 mil e despenca para US$ 95 mil: "resistência psicológica e técnica"

MicroStrategy chega a US$ 37 bilhões em bitcoin após nova compra de US$ 5 bilhões

Investidor vê bitcoin valendo US$ 13 milhões até 2045