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EUA e Coreia do Sul se juntam para investigar colapso do protocolo Terra e criptos LUNA e UST

Autoridades dos dois países se encontram para discutir investigações sobre o colapso do Terra, que deixou prejuízo bilionário para investidores

Quebra do protocolo Terra e das criptomoedas LUNA e UST deixaram bilhões de dólares de prejuízo a investidores (EXAME/Exame)

Quebra do protocolo Terra e das criptomoedas LUNA e UST deixaram bilhões de dólares de prejuízo a investidores (EXAME/Exame)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 6 de julho de 2022 às 19h06.

Última atualização em 7 de julho de 2022 às 10h08.

Os governos de Estados Unidos e Coreia do Sul entraram em acordo para investigar em conjunto o colapso do protocolo em blockchain Terra e suas criptomoedas LUNA e UST, publicou o jornal sul-coreano Yonhap News. Segundo a informação, o objetivo é buscar possíveis erros e fraudes financeiras.

De acordo com o jornal, o ministro da Justiça da Coreia do Sul, Hang Dang-hoon teria se encontrado com promotores de Justiça norte-americanos nesta semana, em Nova York (EUA), para discutir a investigação e outras ações em conjunto relacionadas ao mercado cripto. A publicação divulgou uma foto do encontro.

O colapso do protocolo Terra começou na primeira semana de maio, quando a queda no mercado cripto se intensificou, derrubando o preço da LUNA - e de quase todos os ativos digitais - e fazendo com que o mecanismo automatizado de lastro do UST falhasse, levando a stablecoin a perder o seu par com o dólar.

O problema fez com que as duas criptomoedas - LUNA e UST - perdessem quase todo o seu valor, deixando milhões de investidores com um prejuízo bilionário. As conversas entre os dois países começaram já naquela época, mas a cooperação para uma investigação mais complexa só começa agora. A ideia de expandir a atuação em conjunto visa evitar futuras fraudes e outros crimes financeiros envolvendo criptoativos.

A Coreia do Sul tem grande interesse no colapso do Terra porque o projeto foi criado originalmente no país e o seu fundador, Kwon Do, é sul-coreano. Ainda segundo o jornal asiático, promotores da Coreia do Sul buscam evidências de fraudes relacionadas ao UST, enquanto a SEC e outros órgãos dos EUA focam a investigação no fundador do projeto e se as ações de marketing do Terra antes do colapso violaram regulações de proteção aos investidores.

Autoridades sul-coreanas tentam pressionar os responsáveis pelo Terra, em especial Kwon Do, desde que o projeto quebrou. Logo depois do colapso, procuraram evidências de que ele operava um esquema Ponzi. Kwon Do também é processado por um grupo de investidores do país, que alegam perdas milionárias com o colapso do protocolo.

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