SEC aprovou pedidos para lançamento de ETFs de ether (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 11 de julho de 2024 às 18h33.
A quantidade de ethers "bloqueados" na Ethereum como parte do mecanismo de staking na rede está perto de atingir o maior nível da história. Dados da empresa CryptoQuant apontam que, no momento, 27,7% de toda a oferta do ativo está travada no blockchain.
O montante equivale a 33,3 milhões de unidades de ether, e a CryptoQuant destaca que "o número total de ethers em staking continua crescendo e está se aproximando da máxima histórica". Na prática, o marco significa que há uma oferta efetiva menor em circulação no mercado.
Na avaliação dos analistas da empresa, o crescimento do staking na Ethereum indica que a criptomoeda retomou sua tendência inflacionária, com uma redução na oferta gerando um potencial de valorização do ativo, dependendo da demanda no mercado entre investidores.
O staking é, desde 2022, parte do mecanismo de consenso do blockchain. Nele, interessados em se tornar validadores precisam depositar ether na rede, que então fica "travado" nela durante um período fixo de tempo. Em troca de realizar as validações, esses usuários recebem recompensas em ether.
Além do staking, a Ethereum conta, ainda, com um mecanismo de queima das unidades de ether que são usadas para pagar as taxas de transação na rede. Combinados, esses dois mecanismos tendem a ajudar na valorização do ativo, reduzindo a sua oferta.
Por outro lado, os analistas pontuam que esse ainda não é o cenário do ativo, já que a oferta disponível da criptomoeda está no maior nível desde 11 de dezembro de 2023.
Dados do CoinMetrics apontam que, somando os ethers em staking e usados em contratos inteligentes e pontes entre blockchains, cerca de 40% da oferta da criptomoeda está "bloqueada", indisponível para negociações no mercado.
Os dados são relevantes porque a dinâmica de demanda e oferta na Ethereum deve ganhar mais atenção dos investidores com a proximidade do lançamento dos ETFs de ether pela SEC. Aprovados em maio, os fundos ainda precisam ter a estreia no mercado liberada.
A expectativa de especialistas é que a SEC dê um sinal verde para o lançamento pelas gestoras ainda na primeira quinzena de julho, mas o processo de análise tem demorado mais do que o inicialmente esperado.