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Ethereum aumentou centralização após atualizações, afirma JPMorgan

Relatório do banco aponta que lucratividade de staking no blockchain caiu após novas mudanças na rede em 2023

Ethereum passou por duas grandes atualizações entre 2022 e 2023 (Reprodução/Reprodução)

Ethereum passou por duas grandes atualizações entre 2022 e 2023 (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 6 de outubro de 2023 às 15h04.

O JPMorgan afirmou em um relatório divulgado na última quinta-feira, 5, que a Ethereum se tornou mais centralizada nos últimos meses após passar por atualizações. Entre setembro de 2022 e abril deste ano, o blockchain implementou dois conjuntos de mudanças, o The Merge e a Shanghai.

De acordo com o banco, a centralização maior na rede também está ligada a uma queda nos rendimentos ligados à pratica de staking, uma espécie de depósito de ether no blockchain. A operação se tornou parte do novo mecanismo de consenso do projeto, sendo necessária para que usuários se tornem validadores.

Segundo os analistas do JPMorgan, a centralização maior na Ethereum está ligada ao crescimento da Lido, uma plataforma descentralizada de staking líquido. Nesse tipo de operação, o cliente transfere as criptomoedas para a plataforma, que então realiza o staking e, em troca, envia uma versão equivalente daquele token, que pode ser negociado.

"Muitos na comunidade cripto viram a Lido, uma plataforma descentralizada de staking, como uma alternativa melhor em comparação com as plataformas centralizadas de staking líquido associadas a corretoras centralizadas de criptomoedas", destacou o relatório.

Centralização na Ethereum

Na visão do JPMorgan, uma centralização maior na Ethereum por qualquer entidade traz uma série de riscos para o projeto. O motivo é que "um número concentrado de fornecedores de liquidez ou operadores de nós poderia agir como um ponto único de falha ou tornar-se alvo de ataques ou conspirar para criar um oligopólio que promoveria os seus próprios interesses em detrimento dos interesses da comunidade".

Há, ainda, um risco de "refinanciamento", em que os tokens líquidos fornecidos após o staking são usados como garantia em diferentes protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) ao mesmo tempo. Esse processo pode gerar uma "cascata de liquidações" em caso de desvalorização dos tokens.

Ao mesmo tempo, os analistas do JPMorgan observaram que o aumento da prática de staking após as suas atualizações acabou reduzindo o rendimento. Ante da Shanghai, em abril, ele era de 7,3%. Depois da atualização, ele está na casa dos 5,5%, uma consequência da oferta maior de validadores disponíveis.

Por outro lado, os analistas do banco citaram um esforço positivo da Lido de tentar reduzir a centralização na Ethereum a partir da criação e mais nós na rede, evitando que uma quantidade grande de ether depositado fique sob controle de um único operador da plataforma.

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