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ETFs nos EUA compram mais de R$ 45 bilhões em bitcoin com menos de 1 mês no mercado

Fundos negociados em bolsa de preço à vista do bitcoin foram autorizados pela SEC em 10 de janeiro, estreando no mercado no dia seguinte

SEC aprovou pedidos para lançamentos de ETFs de bitcoin nos EUA (Reprodução/Reprodução)

SEC aprovou pedidos para lançamentos de ETFs de bitcoin nos EUA (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 9 de fevereiro de 2024 às 15h28.

Última atualização em 9 de fevereiro de 2024 às 15h29.

Nove dos 11 ETFs de bitcoin autorizados pela SEC nos Estados Unidos compraram mais de 192 mil unidades do ativo em menos de um mês desde a estreia desses produtos no mercado. Ao todo, as gestoras responsáveis pelo fundo adquiriram mais de R$ 45 bilhões na criptomoeda, considerando a cotação atual.

Dados reunidos pela Bloomberg Intelligence apontam que as maiores aquisições de bitcoin foram feitas pelos ETFs da BlackRock e da Fidelity, que também lideram em termos de capital e investidores atraídos. Os dois fundos também estão entre os dez melhores de todo o mercado norte-americano, considerando os aportes totais desde o início do ano.

O funcionamento dos ETFs implica que quando os investidores compram participações nos fundos, as gestoras precisam comprar uma quantidade equivalente da criptomoeda. Ao mesmo tempo, quando os investidores vendem as participações, as gestoras precisam vender a mesma quantidade do ativo.

É o que tem ocorrido nas últimas semanas com o ETF de bitcoin da Grayscale, que já existia há alguns anos mas recebeu a autorização da SEC em 10 de janeiro para ser convertido em um fundo negociado em bolsa. Além dele, outros 10 ETFs receberam a autorização, mas o fundo da Hashdex, focado em futuros do ativo, ainda não concluiu seu processo de conversão.

O fundo da Grayscale registrou uma perda de mais de R$ 5 bilhões em investimentos desde a estreia, incluindo retiradas feitas pela corretora falida FTX. Há, ainda, a previsão de uma saída de mais R$ 8 bilhão da empresa falida Gemini. Os nove ETFs restantes são os que realizaram as aquisições, acumulando um saldo positivo de investidores.

Com os 192 mil bitcoins adquiridos, os nove ETFs também ultrapassaram a MicroStrategy, que é atualmente a maior detentora institucional da criptomoeda, com 190 mil unidades. Separando por fundo, o da BlackRock caminha para entrar no grupo dos 10 maiores detentores do ativo, com mais de 35 mil unidades.

Por outro lado, e mesmo com as saídas, o ETF da Grayscale segue dominando na categoria. O fundo possui mais de 500 mil unidades da criptomoeda, valendo cerca de R$ 110 bilhões, considerando a cotação atual do ativo. Em entrevista à EXAME, o analista de ETFs da Bloomberg Eric Balchunas estima que o mercado de ETFs de bitcoin deverá superar US$ 100 bilhões em valor, indicando o potencial de crescimento.

Nesse sentido, ele avalia que os fundos estão com um desempenho muito melhor que o percebido pelos investidores, com números "ridículos" e uma "grande estreia, com um sucesso incrível". O analista afirma que os ETFs de bitcoin já estão entre os "2% ou 3%" melhores do mercado.

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