ETFs de bitcoin foram aprovados pela SEC em 2024 (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 19 de março de 2024 às 11h00.
O ETF de bitcoin Grayscale registrou na última segunda-feira, 18, uma perda de US$ 642 milhões (mais de R$ 3 bilhões, na cotação atual) em investimentos. O valor representa um recorde em relação às saídas do fundo negociado em bolsa desde janeiro de 2024, quando ele foi convertido em um ETF.
O novo valor é apenas US$ 2 milhões superior ao recorde anterior, firmado em 22 de janeiro. O total também superou os aportes em outros ETFs, incluindo o da BlackRock - que teve US$ 451 milhões em investimentos. Com isso, o saldo do dia para o segmento foi de US$ 154 milhões em perdas.
Apesar do dia negativo, o grupo de ETFs de bitcoin ainda acumula um desempenho positivo desde a estreia no mercado. Os fundos somam até o momento US$ 12 bilhões em investimentos recebidos, com US$ 56 bilhões em bitcoins sob gestão até o momento.
O ETF da Grayscale tem enfrentado uma perda de investidores desde janeiro. À época, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) autorizou a conversão do fundo para um fundo negociado em bolsa, mas a mudança ainda não beneficiou o produto.
As saídas ocorrem porque o fundo da Grayscale sempre operou com um desconto entre o preço efetivo do bitcoin e o preço de referência no fundo, o que deixava investidores no prejuízo. Com a conversão em um ETF, essa diferença deixou de existir, e muitos investidores aproveitaram para realizar lucros.
Entre a segunda metade do mês de fevereiro e a primeira metade de março, os saques no ETF da Grayscale chegaram a arrefecer, abrindo espaço para uma performance mais positivo de outros fundos negociados em bolsa. O destaque é o da BlackRock, que soma sozinho US$ 16 bilhões em ativos sob gestão.
Com isso, o ETF de bitcoin da Grayscale perdeu sua dominância de mercado desde então. Atualmente, ele acumula uma perda de 38% em seus ativos sob gestão, que caíram de 619 mil bitcoins para 385 mil. Mesmo assim, ele segue tendo a maior quantia da criptomoeda sob gestão, seguido pelos 250 mil bitcoins do fundo da BlackRock.
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