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ETF de bitcoin da BlackRock pode estrear com investimentos recordes de R$ 10 bilhões

Maior gestora do mundo aguarda liberação da SEC para iniciar oferta de fundo negociado em bolsa de preço à vista do bitcoin

BlackRock planeja lançar ETF de bitcoin nos Estados Unidos (Bloomberg/Bloomberg)

BlackRock planeja lançar ETF de bitcoin nos Estados Unidos (Bloomberg/Bloomberg)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 8 de janeiro de 2024 às 16h35.

Última atualização em 8 de janeiro de 2024 às 16h39.

A BlackRock, maior gestora do mundo, pode estrear o seu ETF de bitcoin com investimentos que chegariam à quantia de US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões, na cotação atual). A informação foi revelada por uma fonte próxima da gestora ao analista Matthew Sigel, da VanEck.

As informações compartilhadas por Sigel apontam que os US$ 2 bilhões representariam investimentos de pessoas interessadas em realizar a migração para o fundo negociado em bolsa (ETF, na sigla em inglês) da BlackRock assim que ele for aprovado pela SEC.

Eric Balchinas, especialista de ETFs da Bloomberg, afirmou no X, antigo Twitter, que não possui nenhuma informação que confirme essa possibilidade, mas que isso "não seria nada além do esperado para a BlackRock", indicando que a informação sobre o ETF de bitcoin pode ser verdadeira.

Segundo o analista, a gestora tradicionalmente "reúne e injeta muito dinheiro em novos ETFs no primeiro dia de negociação, para que sejam registrados como volume/fluxos". Além disso, ele ressaltou que "se isso for verdade, os US$ 2 bilhões ultrapassariam todos os registros de volume/ativos sob gestão para o primeiro dia ou semana de um ETF".

No momento, analistas esperam que a SEC aprove os pedidos de lançamento de ETFs de bitcoin na próxima quarta-feira, 10. Com isso, a BlackRock e outras gestoras têm se preparado para conseguir lançar os fundos em bolsas de valores já no dia seguinte à liberação. Os fundos serão negociados nas bolsas de Nasdaq, Nova York e Chicago.

Já nesta segunda-feira, 8, as gestoras deram início ao que Balchunas classificou de "guerra das taxas", revelando quanto vão cobrar dos investidores de seus ETFs. A BlackRock, por exemplo, definiu uma taxa de 0,3%. Entretanto, ela será de 0,2% nos 12 primeiros meses de operação do fundo, ou até que ele atinja a marca de US$ 5 bilhões em ativos.

Balchunas afirma que a taxa definida pela BlackRock ficou "bem abaixo" do esperado e é um "potencial destruidor imediato" para qualquer outra gestora que tenha definido uma taxa muito superior. "As guerras de taxas são intensas, mas esta está em um nível completamente diferente", destacou o analista.

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