(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 23 de fevereiro de 2025 às 11h00.
Nos últimos anos, o mercado global de stablecoins tem se transformado significativamente, emergindo como uma das soluções mais promissoras para pagamentos digitais e transações financeiras modernas.
Essas moedas digitais são lastreadas em ativos fiduciários, como o dólar. Se transformaram em uma alternativa confiável e acessível que elimina a volatilidade cambial e as ineficiências nos pagamentos transfronteiriços, se tornando protagonistas na modernização das operações financeiras.
O crescimento das stablecoins tem sido impulsionado através de parcerias estratégicas entre emissores dessas moedas, provedores de infraestrutura e instituições financeiras. Essa ação conjunta amplia seu uso em casos concretos e gera oportunidades para mercados em crescimento, como o Brasil, que já observa um aumento na adoção dessas tecnologias como uma ferramenta de eficiência financeira.
No cenário prático, as stablecoins combinam a estabilidade de moedas fiduciárias com a eficiência da tecnologia blockchain. Com um volume de mercado crescente, algumas stablecoins já atingiram capitalizações bilionárias em poucos meses de lançamento, consolidando-se como soluções viáveis para trading, remessas internacionais e aplicações em finanças descentralizadas (DeFi).
O sucesso dessas moedas digitais está ancorado em modelos de reservas lastreados em ativos seguros, como dinheiro em caixa e equivalentes líquidos. Esses ativos são armazenados em estruturas segregadas e auditadas regularmente.
O nível de transparência e segurança tem sido um dos principais fatores para atrair investidores institucionais e empresariais, que buscam soluções escaláveis para suas operações financeiras dentro desse universo cada vez mais digital e descentralizado.
À medida que a tecnologia evolui, a integração das stablecoins nos fluxos financeiros tradicionais, como pagamentos e liquidações, se torna uma realidade mais viável e indispensável para empresas que operam em mercados globais. Esse movimento demonstra a maturidade crescente do setor com as stablecoins se consolidando como um componente essencial na modernização das infraestruturas financeiras.
Assim como a tecnologia avança, o cenário econômico também se transforma, exigindo que líderes e indústrias financeiras compreendam o papel estratégico das moedas digitais não apenas para permanecerem competitivos, mas também para reduzir custos, eliminar burocracias e aumentar a eficiência operacional.
No Brasil já tem empresas liderando a transformação digital ao aproveitar a escalabilidade e eficiência dessas soluções para modernizar suas operações financeiras por meio da adoção de stablecoins, que ao substituir processos financeiros ineficientes, permitem economias reais e trazem melhor experiência para o cliente.
Os pioneiros desse movimento no país, se tornam referência em segurança e conformidade regulatória, respondendo às necessidades de um mercado que evolui constantemente.
Trazendo na prática essa mudança estratégica, podemos pensar no envio de dinheiro de um país para outro, um processo que envolve múltiplos intermediários, taxas elevadas e prazos que podem chegar a vários dias.
Com as moedas digitais se debruçando nesses modelos, esse processamento é drasticamente simplificado, com a empresa podendo realizar uma transferência internacional quase instantânea, sem a necessidade de bancos corresponsáveis, reduzindo custos operacionais e eliminando as taxas de conversão cambial.
Outro exemplo dessa eficiência pode ser aplicado a uma empresa que importa produtos, dispondo da alternativa de custear seu fornecedor em uma stablecoin lastreada no dólar, garantindo a estabilidade do valor, enquanto o provisor recebe o montante em questão de minutos sem depender da complexidade e das taxas impostas por sistemas tradicionais.
Essa efetividade não apenas reduz custos, mas também melhora o fluxo de caixa e aumenta a previsibilidade das operações financeiras em escala global.
Essa transformação nas transações internacionais são frutos da revolução que as stablecoins estão exercendo também sobre o comércio exterior, oferecendo suporte e praticidade ao garantir liquidação instantânea mesmo em cenários de alta pressão, como safras.
A escalada das stablecoins representa um marco na evolução da economia digital, pois oferecem uma alternativa estável e eficiente para transações financeiras.
Com isso, estão moldando o futuro dos pagamentos e da infraestrutura financeira a nível global, e quem já está no processo de adoção dessas tecnologias, está ocupando um espaço de vantagens competitivas para acompanhar e operar na indústria digital, que está cada vez mais integrada e dinâmica.
*Caio Barbosa é fundador e co-CEO da Lumx e Bruno César, diretor da Sphere no Brasil.
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