Metaverso pode tornar experiência de trabalho remoto mais imersiva (Cia de Estágios/Reprodução)
Com a ascensão do trabalho remoto durante a pandemia do coronavírus, novas modalidades de integração à distância no trabalho fizeram-se muito necessárias. Na última semana, durante o SXSW, um dos principais eventos de tecnologia e inovação dos Estados Unidos e do mundo, o trabalho no metaverso e suas possibilidades foram debatidas por grandes especialistas do setor.
O painel “O futuro dos ambientes de trabalho e o metaverso” contou com Phil Sage, da PepsiCo, Marco Carvalho, da HeadOffice.space, Val Vacante, da Merkle, e Pedro Chiamulera, fundador da Clearsale e do T.group. Durante a conversa, foram apresentadas e discutidas as formas em que o metaverso poderia atuar em um crescente mercado de trabalho no estilo “home office”.
Para eles, o metaverso não se resumirá a apenas jogos e eventos, como o Australian Open e o Metaverse Fashion Week, que ocorreram em Decentraland. “Enquanto muitos discutiam o ambiente tridimensional somente em games, nós já pensávamos que poderia ser uma ferramenta poderosa para o trabalho. O metaverso possui uma experiência lúdica única de poder criar, brincar e trabalhar de forma a conectar as pessoas. As empresas entenderam as inúmeras possibilidades dentro desse novo universo e estão se preparando para aproveitar as oportunidades”, explicou Chiamulera.
O home office foi uma das principais tendências da pandemia, e mesmo com altos níveis de vacinação e a redução significativa no número de mortes causadas pelo vírus da Covid-19, o modelo de trabalho não dá sinais de que irá nos deixar tão cedo.
Pessoas em todo o mundo estão se demitindo de seus empregos presenciais, demonstrando clara preferência pelo trabalho remoto, ou híbrido. Segundo dados da plataforma de empregos Upwork, a expectativa é de que até 2028, 73% dos trabalhadores possam trabalhar de forma remota.
Nesse sentido, o metaverso poderia ser uma ferramenta crucial para que as relações de trabalho em equipe sejam aproveitadas em seu máximo. Segundo Chiamulera, a rápida expansão do metaverso certamente irá atingir o mercado de trabalho.
“A tecnologia imersiva do metaverso gera diferentes estímulos que promovem mudanças na relação de trabalho. O metaverso chega para conectar ainda mais pessoas e empresas, criando uma relação de colaboração e inovação que combina o real com o virtual. O ambiente também gera uma quebra de barreiras, possibilitando um espaço com mais empatia, diversidade e aceitação às diferenças”, analisa.
O metaverso está com tudo! Você sabia que já existem construtoras por lá?
💡Pois é! Alguém precisa ser responsável por construir as casas de Snoop Dogg, Adidas e Nike no mundo virtual também! 😉
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— Future of Money (@futofmoney) March 24, 2022
O uso da tecnologia para criar espaços virtuais imersivos ganhou as manchetes e chamou a atenção de grandes empresas no mundo todo após o Facebook anunciar que este era o novo foco da empresa, que mudou de nome para Meta. De acordo com dados da EarthWeb, estima-se que até 2025 o mercado do metaverso possa ser avaliado em US$ 280 bilhões, um crescimento de mais de 500%.
“As empresas que investirem nisso se posicionarão com vantagem competitiva. Uma das dificuldades no metaverso é as pessoas compreenderem seu propósito e o abraçarem como uma tecnologia que beneficiará as relações de trabalho, e acredito que as empresas ajudarão a popularizar o metaverso. As gerações mais novas têm mais facilidade de trabalhar nessa nova realidade, mas a ideia é que seja um ambiente para todos”, afirmou Chiamulera.
Grandes bancos já enxergam oportunidades no universo virtual, e o JPMorgan foi o primeiro a instalar seu próprio lounge em Decentraland, no mês passado. “O metaverso provavelmente se infiltrará em todos os setores de alguma forma nos próximos anos, com a oportunidade de mercado estimada em mais de US$ 1 trilhão em receitas anuais”, escreveu o banco em um relatório na época.
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