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Especialista em criptoativos
Publicado em 17 de fevereiro de 2024 às 11h27.
Quem deseja navegar pelas finanças descentralizadas (DeFi) não consegue explorar o oceano de oportunidades do mercado cripto se não tiver um item essencial: hot wallets.
Hot wallets, também chamadas de carteiras quentes, são ferramentas de armazenamento, envio e recebimento de ativos digitais conectadas à internet que permitem ao investidor acesso simples e rápido aos seus fundos e NFTs.
A maioria dos provedores de carteira cripto é baseada em software e aposta na praticidade desses sistemas para facilitar a vida do investidor. No entanto, existe no mercado uma modalidade considerada mais segura, embora menos conveniente, que são as carteiras de hardware.
As wallets de hardware pertencem à categoria de carteiras frias e, ao contrário das quentes, usam um dispositivo físico, parecido com um pen drive, para armazenar offline as chaves privadas de acesso aos fundos. Isso contribui para que sejam mais resistentes a ataques de hackers, mas não significa que são imunes a violações.
Esse armazenamento a frio é especialmente importante para investidores que desejam acumular os ativos digitais para o longo prazo, conhecidos como Hodlers, e também para quem detém quantias robustas em criptomoedas.
As hot wallets, por outro lado, ainda que mais suscetíveis a ataques, são mais intuitivas, versáteis e proporcionam interações com muito mais agilidade. A recomendação é que o investidor use a versão quente apenas para movimentar valores pequenos. Nunca confie a uma hot wallet uma parte significativa do seu portfólio.
Um exemplo muito popular de carteira quente é a MetaMask, você já deve ter ouvido falar. Imediatamente reconhecida pelos usuários por seu famoso logotipo de raposa, ela funciona como uma wallet de autocustódia. E o que significa isso?
Assim como ferramentas semelhantes, caso de Trust Wallet, Rabby e Phantom, entre outras, a MetaMask é usada para autocustódia, ou seja, o investidor se encarrega de administrar e controlar totalmente os seus próprios fundos.
Existem, na contramão, as chamadas wallets de custódia. Elas são usadas, por exemplo, por corretoras de ativos digitais como a Binance para realizar a tarefa de custodiar os ativos para o investidor. É uma maneira mais simples de o investidor manter seus fundos, porém tira o controle dos ativos das mãos de seu real proprietário.
Ser um participante ativo do mundo DeFi e Web3 significa negociar criptomoedas com frequência; comprar e vender NFTs; interagir com DApps (aplicativos descentralizados), seja para participar de um pool de liquidez ou de um game play-to-earn; e conduzir diversas outras atividades em blockchain.
Para penetrar nesse universo de oportunidades, a hot wallet será a sua porta de entrada. E você não precisará pagar nada para obtê-la, é gratuita.
Uma das febres do momento são os airdrops (entenda o que são e como participar) e, para participar deles, você precisará de uma carteira quente. Os projetos cripto que promovem airdrops, um sistema de recompensas aos usuários mais ativos e engajados, costumam lançar uma série de tarefas que exigem a utilização de wallets compatíveis com suas redes.
A questão da compatibilidade, aliás, é primordial no uso das hot wallets. Voltemos ao exemplo da MetaMask. A carteira foi desenvolvida principalmente para atuar no ecossistema Ethereum. Isso significa que a MetaMask suporta tokens nos padrões da Ethereum como ERC-20 e ERC-721, além da própria moeda nativa ETH.
Por sua vez, a Phantom, outro caso de hot wallet, foi criada com foco nos usuários do ecossistema Solana. Hoje, ela já oferece suporte a blockchains como Ethereum e Polygon. Isso mostra que as carteiras se encontram em constante evolução e atualização, buscando estender suporte a redes diversas daquelas para que inicialmente foram pensadas. Será, portanto, cada vez mais simples se manter no controle dos ativos.
Acessibilidade e Conveniência: Carteiras semelhantes à MetaMask frequentemente funcionam como uma extensão para navegadores da web, como Chrome, Firefox e Brave, além de aplicativo móvel. Isso facilita a interação com aplicativos descentralizados diretamente dos navegadores ou dispositivos móveis, sem a necessidade de baixar um software adicional.
A diferença fundamental entre ambas é que a hot wallet funciona apenas quando conectada à internet, enquanto a hard wallet mantém as chaves privadas fora da internet e assina transações offline.
Com todas essas informações em mãos, você não precisa mais ceder o controle das suas criptos a exchanges centralizadas nem a ninguém. Agora, tem mais subsídios para administrar e conduzir a sua própria experiência na criptoesfera. Ainda assim, estude profundamente sobre o tema, aprenda a selecionar a carteira que tem mais a ver com os seus objetivos e comece já a explorar as ferramentas.
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