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Empresas de Elon Musk somam US$ 2 bilhões em bitcoin; lucro com compras supera 185%

Tesla e SpaceX adquiriram unidades da criptomoeda em 2021 como reserva de valor e foram beneficiadas por valorização desde então

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 14h05.

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As empresas do bilionário Elon Musk estão em um grupo ainda pequeno, mas em expansão, de companhias que possuem investimentos em bitcoin e usam o ativo como uma reserva de valor. E a estratégia tem rendido bons frutos do ponto de vista financeiro: a Tesla e a SpaceX chegaram nesta semana à casa dos US$ 2 bilhões em reservas do ativo.

Os dados foram divulgados pela empresa de análise de blockchains Arkham Intel, que foi capaz de identificar as carteiras digitais onde as duas companhias de Musk armazenam as unidades compradas da criptomoeda. As aquisições ocorreram em 2021, com a Tesla vendendo parte dos ativos pouco depois, durante o último ciclo de queda do mercado cripto.

A Arkham Intel aponta que, no momento, a Tesla possui cerca de 11,5 mil unidades de bitcoin. Já a SpaceX possui cerca de 8,2 mil unidades. Somando os montantes e considerando a cotação atual da criptomoeda, as duas empresas chegam à casa dos US$ 2 bilhões em unidades.

Como não houve novas aquisições nos últimos anos, a cifra foi atingida apenas devido à valorização do ativo.

As informações divulgadas pela Arkham indicam ainda que as aquisições ocorreram em um momento em que o bitcoin estava distante do seu atual patamar de preço, rondando os US$ 100 mil. O preço médio por unidade adquirida é de US$ 34,9 mil.

Elon Musk e bitcoin

Com isso, a lucratividade da operação ultrapassou a casa dos US$ 1,3 bilhão, representando um ganho potencial de 186%. Até o momento, as empresas de Elon Musk não sinalizaram que pretendem vender parte dessas reservas e realizar os lucros.

Mesmo assim, o mercado monitora de perto possíveis movimentos devido ao impacto que a venda poderia ter no preço do ativo. Em outubro deste ano, a Tesla chegou a movimentar suas unidades e assustou o mercado, mas posteriormente foi descoberto que a operação foi apenas uma troca de carteiras de custódia, sem vendas.

À época, os investimentos das empresas de Elon Musk ajudaram o bitcoin a intensificar o ciclo de alta que ocorreu entre 2020 e 2021. As aquisições foram vistas como uma validação relevante sobre o potencial da criptomoeda por parte do bilionário, animando investidores.

Mesmo assim, a Tesla e a SpaceX estão longe da lista das maiores detentoras do ativo. A empresa de software MicroStrategy, por exemplo, tem mais de 400 mil unidades da criptomoeda e é considerada a grande referência quando o assunto é o uso de bitcoin como reserva de valor por empresas.

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