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Bitcoin: empresas de capital aberto intensificaram compras do ativo (Reprodução/Reprodução)
Editor do Future of Money
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 12h21.
A quantidade de bitcoins sob controle de empresas atingiu um novo recorde. Dados atualizados após a divulgação de balanços referentes ao terceiro trimestre deste ano indicam que companhias de capital aberto detêm atualmente US$ 118 bilhões em unidades da criptomoeda.
É a primeira vez que o número ultrapassa a casa dos US$ 100 bilhões. Um levantamento da plataforma Bitcoin Treasuries indica que empresas com ações negociadas em bolsas ao redor do mundo contam com 1,02 milhão de unidades da criptomoeda.
Ao todo, 172 empresas compõem o grupo, um crescimento de quase 40% apenas nos últimos três meses, segundo a gestora Bitwise. Em apenas uma semana, o valor dos ativos sob custódia dessas empresas também cresceu US$ 1 bilhão, refletindo compras e a própria valorização da criptomoeda.
Em geral, o bitcoin é usado como um ativo de reserva pelas empresas. A tese das companhias é que a criptomoeda é uma reserva de valor digital que pode proteger o patrimônio corporativo de perdas de valor com a inflação, com retornos melhores que outras opções de reserva.
Na comparação entre o segundo trimestre e o terceiro trimestre deste ano, as empresas de capital aberto adquiriram 193 mil unidades da criptomoeda, um crescimento de 20,68%. Já empresas de capital privado e ETFs expandiram seus ativos adquiridos em 2,21% e 6,7%, respectivamente.
A Strategy, antiga MicroStrategy, foi a primeira empresa de capital aberto a adquirir o bitcoin como ativo de reserva e segue liderando a categoria, com mais de 640 mil unidades compradas ao longo dos últimos cinco anos. Ao todo, a reserva é avaliada em mais de US$ 70 bilhões.
A aquisição das unidades tende a ser benéfica para a criptomoeda por dois fatores. Em primeiro lugar, ela aumenta a demanda pelo ativo. Em segundo lugar, as empresas não vendem a criptomoeda no curto e médio prazo, o que reduz a oferta disponível para investidores. Combinados, esses elementos impulsionam o preço do bitcoin.
No Brasil, duas empresas de capital aberto já contam com o bitcoin como principal ativo de reserva: a Méliuz e a OranjeBTC. Gigantes do mercado como o Mercado Livre, a Tesla e a SpaceX também contam há anos com reservas corporativas próprias da criptomoeda.
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