(Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 8 de novembro de 2023 às 16h10.
A Circle Internet Financial Ltda., empresa por trás da stablecoin USDC, pode estar planejando uma oferta pública de ações nos Estados Unidos, segundo fontes anônimas da Bloomberg.
A USDC é a sexta maior criptomoeda do mundo e a segunda entre as stablecoins, ou seja, aquelas que acompanham o valor de determinado ativo, neste caso o dólar norte-americano. A stablecoin tem valor de mercado de US$ 3,8 bilhões no momento, de acordo com dados do CoinMarketCap.
Não é de hoje que a Circle pensa em mudanças e expansões que envolvem se tornar uma empresa listada em bolsa nos Estados Unidos. Em julho de 2021, a empresa anunciou planos de um IPO até o final daquele ano e também afirmou querer se tornar um “banco de criptomoedas” em agosto.
“Tornar-se uma empresa pública listada nos EUA faz parte das aspirações estratégicas da Circle há muito tempo. Não comentamos rumores”, disse um representante da Circle em comunicado sobre a notícia mais recente da Bloomberg.
Apesar de uma tentativa ter acontecido em 2022, a Circle ainda não realizou seus planos de fazer um IPO ainda. Mas isso pode estar próximo. Segundo as fontes anônimas da Bloomberg, os planos da empresa envolvem um IPO no início de 2024.
No entanto, “as deliberações ainda estão em andamento e não há certeza de que a Circle decidirá prosseguir com a listagem”, disseram as fontes da Bloomberg.
Em 2022, a Circle havia realizado um acordo para abrir o capital por meio de uma fusão com a Concord Acquisition Corp, uma empresa de cheque em branco (SPAC, na sigla em inglês) liderada pelo ex-CEO do banco Barclays, Bob Diamond.
Na época, a Circle contou com o investimento do Goldman Sachs, BlackRock, Fidelity, Marshall Wace e General Catalyst Partners. A empresa chegou a ser avaliada em US$ 7,7 bilhões em uma rodada de investimento daquele ano, de acordo com a Axios.
"Um IPO da Circle seria um marco no aumento de transparência na indústria das stablecoins. Ao seguir o exemplo da Coinbase, cuja listagem em bolsa aumentou significativamente a transparência operacional e a conformidade regulatória da corretora frente a concorrentes como a Binance, uma oferta pública inicial poderia elevar o USDC", disse João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual.
"Empresas listadas em bolsa estão sob constante vigilância de órgãos reguladores, sendo obrigadas a manter uma política de portas abertas quanto às suas operações e finanças. Esse nível de escrutínio e obrigação legal colocaria o USDC em uma posição de destaque em relação a competidores como a Tether, que enfrentam ceticismos sobre a transparência de suas reservas e operações", acrescentou o analista à EXAME.
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