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Em US$ 17 mil, bitcoin pode estar subvalorizado e voltar a subir em 2023

Dados sinalizam subvalorização do bitcoin após queda de 65% em 2022; situação econômica dos Estados Unidos pode ser determinante para valorização da criptomoeda este ano

Bitcoin pode voltar a subir em 2023 dependendo de política monetária dos EUA (Bruno Faiotto/Exame)

Bitcoin pode voltar a subir em 2023 dependendo de política monetária dos EUA (Bruno Faiotto/Exame)

Nesta quarta-feira, 11, o mercado de criptomoedas possui capitalização de US$ 888,6 bilhões e movimenta US$ 44,7 bilhões. O baixo volume de negociações é característico do início do ano, mas perdura principalmente pela espera de investidores por dados econômicos importantes dos Estados Unidos.

Cotado a US$ 17.364 no momento, o bitcoin sobe apenas 0,2% nas últimas 24 horas, mas mantém um patamar importante de preço graças ao otimismo que ressurgiu entre investidores desde o último mês, quando o Federal Reserve anunciou um aumento menor na taxa de juros dos EUA.

(Mynt)

Fed

Embora um discurso mais recente do presidente do banco central norte-americano tenha contribuído para alimentar ainda mais o otimismo geral, o setor ainda espera pelas próximas decisões da instituição, que têm o poder de movimentar os mercados financeiros de todo o mundo.

O discurso de Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve, ocorreu na Suécia e não trouxe grandes novidades em relação à postura do banco central em relação à inflação. Isso ajudou a elevar o otimismo sobre as criptomoedas já que, ao longo de 2022, os aumentos na taxa de juros dos EUA foram prejudiciais para os ativos de risco.

Apesar disso, o mercado ainda movimenta pouco enquanto prepara o terreno para receber novos dados econômicos dos EUA na próxima quinta-feira, 12. Nesta data, será divulgado o CPI, indicador que é o principal foco do Fed em sua política monetária sobre a inflação.

“O consenso é de que a pressão inflacionária deve aumentar cerca de 0,3% ao mês, e resultados que não estejam nesse patamar devem trazer volatilidade aos mercados. Isso pode acontecer porque uma inflação mais baixa tende a fazer os juros caírem num espaço de tempo menor, algo que é mais positivo para os ativos de risco”, disse Thiago Rigo, analista da Titanium Asset Management.

Problemas em cripto
Quando o assunto são os acontecimentos mais específicos do mercado de criptomoedas, a diminuição no desconto dos ativos da gestora Grayscale em relação ao bitcoin também pode colaborar para o otimismo no setor. “A notícia é boa para os investidores que observam a companhia, que é o maior fundo detentor de bitcoin do mundo”, disse Thiago Rigo.

O GBTC, índice do fundo da companhia, já chegou a apresentar um desconto de até 50% em relação ao bitcoin, mas nos últimos dias esse percentual caiu para 37%.

Passando por problemas recentemente que envolvem até discussões com outros nomes importantes do setor cripto, o Digital Currency Group, conglomerado de empresas que inclui a Grayscale, havia preocupado investidores nos últimos meses.

Dados otimistas

De acordo com Thiago Rigo, os dados da rede também indicam mais otimismo fluindo para o setor de criptoativos. Isso porque os investidores de longo prazo já configuram máxima histórica, enquanto o bitcoin pode estar subvalorizado e o número de contratos abertos de derivativos cripto também sobe.

O Long-Term Holders, indicativo de investidores de longo prazo, está em 85%. Grande parte das moedas da rede não foi movimentada nos últimos meses. Segundo Thiago Rigo, o número alto de usuários resistentes à venda indica uma espera por maiores altas no preço do bitcoin.

“Outro indicador de dados em blockchain importante é o MVRV Ratio, que tende a mostrar se o bitcoin está subcomprado ou sobrecomprado. Valores abaixo de 1 mostram que o bitcoin pode estar subvalorizado, e os dados atuais indicam que esse índice está em 0,88”, disse Thiago.

Quanto aos derivativos, o indicador Open Interests está em US$ 6,6 bilhões, mostrando que o número de contratos abertos no mercado cripto está subindo.

“As taxas de financiamento indicam que investidores comprados em bitcoin tem se saído melhor do que aqueles que apostam na queda, com esse último grupo tendo mais posições liquidadas nas últimas 24 horas”, disse o analista.

Já o ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum, é cotado a US$ 1.326 no momento, com queda de 0,4% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinGecko.

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