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Em poucas semanas, família Trump lucra US$ 1,3 bilhão com criptomoedas

Trump prometeu transformar os Estados Unidos na “capital mundial das criptomoedas”

O avanço nos negócios com criptoativos marca uma mudança para família Trump

O avanço nos negócios com criptoativos marca uma mudança para família Trump

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 7 de setembro de 2025 às 16h22.

Em poucas semanas, a família do presidente Donald Trump acumulou cerca de US$ 1,3 bilhão no setor de criptomoedas, isso com empresas com menos de um ano de existência. Os ganhos vieram da World Liberty Financial, empresa de criptoativos, e da mineradora American Bitcoin Corp., revelando como projetos ainda em estágio inicial estão gerando um lucro importante para os Trump — em níveis comparáveis aos tradicionais campos de golfe e resorts associados ao nome da família.

Segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, a fortuna da família agora é estimada em US$ 7,7 bilhões. Donald Trump Jr. e Eric Trump, que ainda ocupam cargos de vice-presidentes executivos na Trump Organization, têm atuado como principais porta-vozes do novo portfólio de criptoativos da família.

A World Liberty, cofundada em 2024 com a participação de Barron Trump, filho mais novo do ex-presidente, alcançou um marco em 1º de setembro ao liberar a negociação de seu token próprio. No mês anterior, a empresa firmou um acordo com uma companhia de capital aberto, o que adicionou cerca de US$ 670 milhões ao patrimônio dos Trump, segundo a Bloomberg.

Já a American Bitcoin, criada em março e com foco na mineração de ativos digitais, teve valorização expressiva após sua estreia na bolsa em 3 de setembro. A participação de Eric Trump na empresa chegou a valer mais de US$ 500 milhões. A companhia foi estruturada com apoio da Hut 8 Corp., que forneceu equipamentos de mineração em troca de participação majoritária.

Lucros para a família Trump

A World Liberty foi lançada às vésperas das eleições presidenciais de 2024, com os Trump listados como cofundadores ao lado do empresário Steve Witkoff e seus filhos, Zach e Alex. Inicialmente, os tokens da empresa eram usados apenas para votações internas sobre o futuro do projeto. Três propostas foram submetidas até agora, incluindo a que permitiu a negociação do token WLFI.

Um acordo fechado em agosto com a Alt5 Sigma, empresa de capital aberto anteriormente ligada à biotecnologia, resultou na compra de cerca de US$ 1,5 bilhão em tokens da World Liberty. A transação foi dividida em duas etapas: troca de ações por US$ 750 milhões em tokens e aquisição do mesmo valor em dinheiro. Na época, o token ainda não era negociável.

Apesar da queda de mais de 50% nas ações da Alt5 Sigma desde o anúncio da parceria, os papéis ainda valem cerca de US$ 170 milhões para os Trump. Além disso, a família recebe 75% dos lucros com a venda dos tokens, o que representa aproximadamente US$ 500 milhões adicionais, segundo a Bloomberg.

A American Bitcoin tornou-se empresa de capital aberto por meio da incorporação pela Gryphon Digital Mining, que já estava listada em bolsa e passou a operar sob o nome e código da nova companhia, ABTC. Eric Trump detém cerca de 7,5% da empresa, participação que chegou a se aproximar de US$ 1 bilhão na semana passada. Donald Trump Jr. também possui uma fatia menor, cujo valor não foi divulgado.

O avanço nos negócios com criptoativos marca uma mudança para família Trump, que por décadas associou sua marca a empreendimentos imobiliários e produtos de consumo. A velocidade e a escala dos lucros com criptomoedas superam qualquer iniciativa anterior da família.

Governo mais "amigável"

Sob a administração de Joe Biden, a indústria de criptomoedas enfrentou um ambiente regulatório mais rígido. A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) intensificou a fiscalização, processando corretoras por venda de títulos não registrados e abrindo ações contra algumas das maiores empresas do setor, como a Coinbase Global e a Kraken.

Já no governo de Donald Trump, que nomeou reguladores mais alinhados aos interesses do mercado e prometeu transformar os Estados Unidos na “capital mundial das criptomoedas”, casos de grande repercussão foram arquivados.

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