Decentraland é um dos metaversos mais populares da atualidade e já movimenta milhões de dólares em negociações de NFTs (Decentraland/Divulgação)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 7 de janeiro de 2022 às 17h17.
Última atualização em 7 de janeiro de 2022 às 17h31.
O aumento no interesse das pessoas por universos de realidade virtual, os chamados metaversos, provocou uma enorme inflação no preço de terrenos em algumas das plataformas mais populares do gênero. Atualmente, para comprar seu pedaço de "terra" nesses mundo digitais, é preciso investir, no mínimo, R$ 60 mil.
O valor, suficiente para comprar terrenos reais em diversas regiões do Brasil, se refere aos dois metaversos mais populares da atualidade, o Decentraland e o The Sandbox, onde os terrenos virtuais, chamados pelo termo em inglês "land", não saem por menos de 3,46 e 3,7 ETH, respectivamente (cerca de US$ 11,1 mil e US$ 11,85 mil, na cotação atual da criptomoeda) — o levantamento é da revista Fortune.
Nas duas plataformas, os menores terrenos têm área de 1x1 bloco de terra, o que equivale a 16 metros quadrados no Decentraland e 96 metros quadrados no The Sandbox. De acordo com a publicação, há menos de um ano, em março de 2021, era possível adquirir terrenos nesses mesmos metaversos por menos de US$ 1 mil (R$ 5.650).
Nos últimos meses, com a popularização desses dois metaversos para além dos entusiastas de criptoativos, diversas marcas passaram a investir no setor. No The Sandbox, por exemplo, já compraram terrenos virtuais empresas como Adidas, Atari, a série The Walking Dead e o rapper Snoop Dogg. Já o Decentraland anunciou nesta semana parcerias com o Australian Open de tênis e com a Samsung.
A maior procura por NFTs dessas plataformas — os terrenos e praticamente todos os ítens desses metaversos são representados por tokens não fungíveis — fez com que os preços subissem consideravelmente nos últimos meses. Recentemente, um terreno foi negociado por mais de 23 milhões no Decentraland; já no The Sandbox, um navio foi arrematado por mais de 4 milhões.
Além das marcas famosas que já participam desses dois metaversos em blockchain, outras grandes empresas têm planos ambiciosos para essa tecnologia. Facebook, que mudou seu nome para Meta, e a Microsoft, trabalham na construção de metaversos próprios. Disney, Nike e várias outras também já afirmam interesse por esses espaços de convivência digitais.
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